Os brasileiros de bem e a imprensa livre estão com a alma lavada.
O Supremo, com maioria de ministros designados por governos petistas,
acaba com a farsa e mostra que, SIM, houve compra de votos para apoiar
Lula
Por Ricardo Setti
Acabou a palhaçada.
Acabou a farsa.
O Supremo Tribunal Federal ontem viveu um dia histórico quando, pelo
voto de ministros ou por apartes e comentários a votos de colegas, e
ainda sem que todos os ministros hajam terminado seus votos, deixou
claro, por maioria de 6 dos 11 ministros, que, SIM, existiu o mensalão,
que o mensalão foi alimentado por dinheiro público e, principalmente,
que se tratava de um ESQUEMA DE COMPRA DE VOTOS NA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
Na sessão de ontem, coube ao ministro Luiz Fux, um dos dois
integrantes do Supremo indicados pela presidente Dilma, reiterar pelo
menos dez vezes, com todas as letras, que floi disso que se tratou.
As pessoas de bem “deztepaiz” estão de alma lavada por verem ser
revelado à plena luz do dia — e, felizmente, se esboroar de vez — um
esquema corrupto e totalitário cujo intento sinistro era fazer o
Executivo, por meios escusos, ilegais e sórdidos, ser dono do
Legislativo, acabando com o equilíbrio entre os poderes e instituindo
uma espécie de “bolivarianismo” enviezado no Brasil.
A imprensa livre, objeto de insultos, ofensas, injúrias, mentiras —
como a de ser supostamente “golpista” – e todo tipo de lama arremessada
por adeptos do lulo-petismo, até por setores minoritários da própria
mídia, aí incluídos os que publicam opinião em troca de soldo, está de
alma lavada — por ter, desde o começo, baseada em fatos concretíssimos,
apontado que o mensalão era exatamente isso que o Supremo acaba de
deixar claro que era.
Colunistas livres e sem amarras com o poder ou com quem quer que
seja, como tenho o orgulho de me considerar, estão de alma lavada,
depois de serem criticados, insultados, enxovalhados e xingados por
fanáticos ou malandros, inconformados com o primado da lei e com a
reafirmação da independência e da correção de instituições como o
Ministério Público e a mais importante corte de Justiça.
Ministro Luiz Fux: em pelo menos dez passagens de suas intervenções
de ontem, a inequívoca constatação de que o mensalão foi um esquema de
compra de apoio parlamentar (Foto: José Cruz / Agência Brasil)
A decisão, cujo pleno desfecho ainda está por ocorrer, espalhará seus efeitos benéficos, reavivando a crença, até agora enormemente fragilizada, dos brasileiros nos mecanismos criados pela Constituição.
A decisão, cujo pleno desfecho ainda está por ocorrer, espalhará seus efeitos benéficos, reavivando a crença, até agora enormemente fragilizada, dos brasileiros nos mecanismos criados pela Constituição.
Aquele que seria o grande beneficiário da bandalheira toda — o “deus”
de Marta Suplicy e do lulalato –, aquele que prometera destruir a
“farsa” do mensalão, e que enfiou a viola no saco, agora esbraveja,
reclamando que a suposta “compra de votos” durante o governo FHC não foi
investigada.
Cala, descaradamente, sobre a condenação frontal e inequívoca que seu
pessoal — os companheiros de sempre, e os companheiros que passaram a
sê-lo mediante gorda e suja mesada — recebe da mais alta corte de
Justiça.
Ignora, descaradamente, a Constituição, ao reclamar do
procurador-geral da República durante a maior parte do governo do
presidente Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Brindeiro, chamando-o de
”procurador-geral da República no tempo deles” e classificando-o de
“engavetador” — com isso ofendendo gravemente a todo o Ministério
Público, por considerar, implicitamente, que o governo FHC “mandava” no
MP, instituição independente.
É a gritaria do desespero, é a gritaria dos sem-razão, é a gritaria
de quem pediu desculpas ao país sem nunca explicar os motivos, é a
gritaria espalhafatosa de quem se disse “traído” sem jamais identificar
os traidores.
O comportamento de Lula indica o que já está ocorrendo, e já está
sendo captado pelos governos estrangeiros e pela imprensa internacional:
seu inexorável e inevitável declínio.
MAS ATENÇÃO: há ainda muito a fazer, tanto no julgamento do mensalão quanto na recuperação moral da vida pública do país.
Não acho que o Brasil já tenha sido “passado a limpo”, nem nada parecido.
Mas celebro o fim de uma farsa — a farsa segundo a qual o mensalão era uma farsa.
Já está definitivamente inscrito na História: houve um esquema para
COMPRAR, com DINHEIRO PÚBLICO, apoio para o governo Lula dominar
completamente o Congresso.
Via O SantoOficio
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