As vésperas de completar a terceira semana de paralisação, os servidores
do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep) ainda não têm data
para retornarem ao trabalho. Por lá, apenas as atividades consideradas
imprescindíveis e as perícias criminais estão sendo realizadas.
O
impasse é entorno da votação do projeto de lei que cria o Estatuto e a
Lei Orgânica do órgão. Para o Sindicato dos Policiais Civis e Servidores
da Segurança Pública do RN (Sinpol), que representa a categoria, o
Governo não está dando a devida celeridade ao processo e cobra a
definição de um calendário de encaminhamento do Projeto de Lei para
votação na Assembleia Legislativa.
A vice-presidente do
sindicado, Renata Pimenta, considera contraditório um órgão que faz
registros e emite certidões não ter uma lei que registre sua criação.
“Com 94 anos de existência, o Itep ainda não tem uma lei de carreiras
definida e a maioria dos seus funcionários são cedidos de outras
secretarias”.
E esse é o mesmo entendimento do consultor geral do
estado, José Marcelo Ferreira, que também considera o Estatuto
importante para dá garantias aos servidores, mas ele rebate as críticas e
diz que o Estado está cumprindo um cronograma adequado,
responsabilizando o sindicato pela demora no encaminhamento à AL.
“Essa
é uma lei que tem suas complexidades e é preciso que todos os
envolvidos sejam consultados. Em dezembro passado esse projeto foi
concluído pela CGE e enviado para análise do Sinpol, que só emitiu uma
opinião em setembro, depois a Associação dos Peritos fez 26
considerações e teremos que ouvi-la também”.
Para o Sinpol, o
projeto apresentado pelo Governo não atendia a todas as necessidades dos
servidores e foram acrescentados mais artigos, saindo de 60 para mais
de 300. “O Estatuto vai trazer justiça para os servidores, que hoje tem
um salário composto 70% de gratificações, e moralizará os cargos
ocupados por indicações políticas. Hoje são cerca de 500 funcionários a
maioria deles cedidos”, comentou Pimenta.
“A governadora tem dito
que aprovará o projeto que melhor se adequar as propostas do Itep e que
se enquadre como constitucional. Estamos trabalhando para isso”,
garantiu José Marcelo.
Barriguda News
Via No Minuto.com-Tiago Medeiros
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