sexta-feira, 28 de setembro de 2012

POLÍTICOS : por virtudes ou oportunismos

Muitos de nós gostaríamos que os políticos fossem anjos. Se assim o fosse, estariam imunizados de todas as situações e oportunidades que não promovem o bem comum e a prática da bondade.

Mas os políticos, assim como cada um de nós, não são anjos e, sim humanos, também não perfeitos. A política não é um espaço para a ação de anjos, mas o espaço de disputa dos mais diferentes interesses que estão em jogo na sociedade.

A disputa desses interesses é legítima, desde  que os mesmos estejam sempre bem explicitados, para que todos saibam o que move os candidatos quando se propõem a representar os interesses da população.

As contradições no exercício do poder estão sempre presentes nos movimentos que operam a política. Os políticos posicionam-se a partir das conjunturas e dos contextos de cada momento, das articulações e negociações que são possíveis para aprovar os projetos que estão em pauta, das forças sociais que estão mobilizadas em cada momento histórico.

É natural que joguem com seus interesses pessoais, mas é inaceitável, numa democracia, que esses interesses se sobreponham aos interesses coletivos.

As agremiações partidárias (partidos) expressam e materializam os projetos de sociedade que estão em disputa nas cidades de nosso país. Esses projetos se traduzem em propostas concretas de como governar, como construir as políticas públicas, como distribuir renda, como construir  oportunidades de desenvolvimento das nossas cidades e da própria nação.

Há então que se discernir a diferença entre votar em pessoas ou votar em projetos, que embora "sempre juntos e misturados", traduzem-se em diferentes consequências.

"O voto não tem preço, mas tem consequências". Por isso mesmo é possível contemporizar as posições e as atitudes pessoais dos candidatos com os projetos que estes representam, observadas as consequências e as intecionalidades em que ambos acontecem.

Os candidatos não representam a si próprios, mas representam interesses que estão em disputa na sociedade. Talvez fosse melhor sermos governados por anjos, seres sobrenaturais imunes a qualquer interesse mundano. Como não é possível, cabe a cada um e cada uma avaliar o projeto com o qual os candidatos estão comprometidos. Nesse  projeto, o compromisso com a vida humana, com a sociedade e com as virtudes é o bem maior que deve ser resguardado, pelos candidatos e por nós.

Barriguda News
Via Revista Mundo Jovem - Ano 50 - nº 431
Escrito por Nei Alberto Pies, Professor e Ativista de direitos humanos- Passo Fundo-RS

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