O vice-governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, presidente estadual do PSD, fez uma avaliação negativa do governo estadual e o classificou de “incompetente” e de uma “frustração” para o povo potiguar. Ele disse que o governo não tem projetos, não tem planejamento e que não há metas na segurança, na educação e na saúde. “É como se estivéssemos na idade da pedra”, afirmou nesta segunda-feira, em entrevista ao programa “Direto ao Ponto”, da TV Câmara (Canal 10 Cabo Telecom).
Rompido com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) desde outubro do ano passado, o vice-governador disse que o governo “não fez nada do que prometeu” e enfatizou a forte rejeição popular sofrida pela gestão. “É bom lembrar que eu rompi com o governo no primeiro ano de governo, quando ainda havia uma expectativa de um grande governo; um governo inovador, novo, que prometeu e alimentou as esperanças do povo do Rio Grande do Norte. Não saí na hora do desgaste, saí por discordar e ter sido surpreendido com uma parceria que eu imaginava ser totalmente diferente e saí entregando todos os cargos”, lembrou Robinson.
A análise do vice, em relação ao desempenho do governo, é de frustração. “A avaliação que eu faço do governo, hoje, é a de qualquer natalense e norte-rio-grandense: frustração. Uma candidata que prometeu que faria uma revolução na saúde, como medica de formação. Foi feita uma pesquisa de avaliação e 91% da população rejeita e condena a forma de gestão da atual governadora na saúde, 87% rejeita a segurança pública e 86% rejeita a educação. Esse retrato eu tenho encontrado aonde eu chego, em qualquer parte que eu vou”, afirmou.
Robinson também criticou o abandono do setor rural e questionou o aumento da arrecadação em comparação a situação crítica da saúde, segurança e educação. “O setor rural está pré-falido. O Programa do Leite foi abandonado pelo atual governo. A situação da pecuária é crítica, com um risco desconhecido da aftosa. Houve um retrocesso do setor rural. O homem do campo está enfrentando uma seca e não há uma política pública de solidariedade, diferente do Ceará e de Pernambuco”, comparou o vice-governador, que também questionou a ausência de projetos inovadores no estado, revelando indignação em relação à precariedade dos serviços e os gastos exorbitantes com publicidade e propaganda. “Qual o projeto inovador hoje no Rio Grande do Norte que se possa citar como exemplo para a população? Me aponte um? Não existe. O governo não tem projetos, não tem planejamento, não há metas na segurança, na educação e na saúde. A arrecadação surpreende a cada dia e estão morrendo crianças porque não tem UTI neonatal. É como se estivéssemos na idade da pedra e, enquanto isso, o Estado gasta com propaganda, numa mídia milionária, e não tem médico para dar plantão na unidade pediátrica no Hospital da Zona Norte. Os hospitais estão todos sucateados e não atendem nem a baixa complexidade, que dirá a média complexidade”, ressaltou.
Barriguda News
Jornal de Hoje
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