No jornal O Globo desta quarta-feira, uma reportagem de
Vinicius Sassine mostra que o braço direito de Carlinhos Cachoeira,
José Olímpio de Queiroga Neto, acusado de ser o principal explorador do
jogo ilegal em Goiás e no Distrito Federal, era bem próximo do
governador Agnelo Queiroz, do vice Tadeu Filippelli e também do agora
deputado distrital Agaciel Maia - um norte-rio-grandense que há anos
figura em escândalos políticos na capital da República.
Leiam:
Os
nomes com os respectivos números dos telefones celulares pessoais do
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do vice-governador,
Tadeu Filippelli (PMDB), e do secretário de Desenvolvimento Econômico,
Abdon Araújo, aparecem na agenda de um celular de José Olímpio de
Queiroga Neto, denunciado na Operação Monte Carlo por ser o principal
explorador da jogatina ilegal na região. No dia em que a operação foi
deflagrada, 29 de fevereiro, a PF cumpriu mandados de busca na casa de
Queiroga Neto, em Brasília.
A perícia do aparelho, remetida à
CPI do Cachoeira, no Congresso, revelou a existência de três contatos do
governador na agenda, com três números diferentes: “Agnelo”, “Agnelo
abdon” e “agnelo zunga”, este último um número de rádio. O porta-voz do
governador, Ugo Braga, confirmou ao Globo que os
números registrados na agenda de Queiroga Neto são os respectivos
celulares pessoais de Agnelo e de Abdon, amigo do governador.
Os
registros dos contatos do vice-governador aparecem como “Dep filip
secret elizete” e “Dep filipelli”. A reportagem confirmou que os números
estão vigentes, e pertencem ao vice. O celular foi atendido pelo
ajudante de ordens de Filippelli. Na agenda ainda aparece o número do
telefone do deputado distrital Agaciel Maia (PTC), ex-diretor-geral do
Senado e pivô do escândalo dos atos secretos, em 2009, além de outros
políticos de Brasília.
A denúncia do Ministério Público Federal
(MPF) à Justiça Federal de Goiás incluiu Queiroga Neto e mais três
irmãos, todos subordinados a Cachoeira.
— O governador e o
secretário não conhecem Queiroga Neto, não se lembram de nenhuma
conversa por telefone com ele. Agnelo tem esse telefone pessoal desde
2006, e Abdon, desde 1998. O fato de os números estarem na agenda não
significa que haja proximidade — disse o porta-voz.
A assessoria
do vice-governador informou que o número de telefone de Filippelli é
público e que “não faz sentido” deduzir que ele conhece Queiroga Neto em
razão do registro na agenda.
Um relatório produzido pela PF
para as investigações da Monte Carlo mostra que dois filhos de Queiroga
Neto foram sócios de uma empresa de lubrificação e polimento, entre 2007
e 2008. Hoje, os sócios são dois filhos de Agaciel Maia. Um dos filhos
do contraventor continua com autorização para movimentar a conta
bancária da empresa, conforme o relatório.
A PF anexou ao
documento fotos das duas famílias em viagem à Europa. Entre as últimas
ligações feitas por Queiroga Neto, antes da apreensão do aparelho pela
PF, está uma chamada para o deputado distrital. Procurado, Agaciel não
respondeu.
Barriguda News
No Minuto.com/Luis Fausto
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opinião de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião deste Editor.
COMENTÁRIOS QUE TENHAM A INTENÇÃO DE DENEGRIR QUEM QUER QUE SEJA, SERÃO EXCLUÍDOS