quinta-feira, 22 de maio de 2014
LINHA DURA: Secretário de Segurança avisa que vai à Justiça para por fim à paralisação da PM
Por Paulo de Sousa/Portal No Ar
Caso se concretize a paralisação geral dos policiais e bombeiros militares do Rio Grande do Norte, ameaçada pela categoria para se iniciar a partir da próxima terça-feira (27), o secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, o general Eliéser Girão avisa: “vamos entrar na Justiça para que ela chegue a um fim. Estamos fazendo um bom trabalho de gestão e não aceito ser desrespeitado”.
Sobre o ponto principal de reinvindicação dos militares que é o de uma proposta de reposição salarial referente à remuneração por subsídio, o secretário afirma que está aguardando um parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o assunto. “Pedimos uma consulta ao TCE para avaliar o impacto das promoções horizontais e verticais no tocante ao projeto de Lei do Regime de Promoções dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar. Somente com esse parecer é que poderemos ver se o governo pode fazer, dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, essa reposição salarial”. O general diz que a expectativa é a de que esse documento deva ficar pronto no início do próximo mês.
Ainda conforme Eliéser Girão, o governo está avançando em algumas das pautas pleiteadas pelos PMs e Bombeiros. “Estamos conseguindo o aumento das diárias operacionais e a governadora tem assinado algumas promoções. Portanto, eu não admito que se diga que não estamos negociando com a categoria. Eles têm de entender que tudo demanda um tempo”.
O secretário não quis comentar sobre uma possível onda saques a estabelecimentos comerciais e depredações durante a paralisação, tal como houve na região metropolitana de Recife (PE) na semana passada com a greve da PM naquele estado. “Não trabalho com teoria ou suposições”.
Em assembleia geral ocorrida nesta quinta-feira (22), os PMs e Bombeiros do RN decidiram que aguardarão respostas concretas sobre as suas reivindicação em uma reunião que haverá com representantes da categoria e o secretário Eliéser Girão nesta sexta (23). Caso as propostas apresentadas nesse encontro não sejam aceitas como favoráveis, os militares farão um acampamento em frente à Governadoria a partir da manhã do próximo sábado (24) até a terça da semana que vem, quando será deflagrada a paralisação geral.
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