Cézar Alves/editor- Jornal de Fato
Um dos acusados de matar o médico Gentil Paiva de Oliveira, no dia 25
de maio de 1989, em Alexandria, deve ir a novo julgamento. Assim decidiu o
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em processo relatada pelo
juiz convocado Andreo Aleksandro Nobre Marques.
No primeiro julgamento, os réus Evaristo Mesquita de Figueiredo e
Wildemberg Alves Fernandes de Oliveira, foram condenados respectivamente
a 23 anos e 3 meses de prisão e a 17 anos e 3 meses de prisão.
Wildemberg foi enquadrado por crime qualificado, ou seja, surpresa e
motivo fútil.
Deste julgamento, o promotor de justiça Sidarta John recorreu, assim
como os advogados dos dois réus. No caso de Wildemberg, o Tribunal de
Justiça reduziu a pena para 14 anos e 3 meses de prisão, mantendo a
decisão do regime inicialmente fechado. Wildemberg está foragido.
Este
julgamento foi em dezembro de 2011 e Mesquita de Figueiredo, o Tostão,
foi preso no início de 2013 no Estado do Espírito Santo, onde vivia
escondido usando nome falso.
No caso de Evaristo Mesquita, o Tostão, que foi condenado sem as
qualificadoras a 17 anos e 3 meses, o Tribunal de Justiça decidiu por um
novo julgamento. No caso, se reduzisse a pena o réu ficaria em
liberdade, por ter sido condenado sem as qualificadoras (surpresa e
motivo fútil).
Ao contrário do Primeiro Tribunal do Júri Popular, este agora será com a presença do réu, que está preso. A
filha do médico Gentil Paiva de Oliveira declarou a mídia em 2012 que
nunca perderam as esperanças de ver condenados e presos os assassinos do
pai.
O próximo julgamento de Evaristo Mesquita, 25 anos depois do crime,
ainda não tem data definida, porém em Alexandria já é motivo de debates
nas ruas. O crime ocasionou grande repercussão na época, considerando a
importância da vítima no cenário político regional.
O promotor de Justiça Sidarta John destacou que é muito importante que
se faça justiça de forma justa e clara aos autores de homicidios para
que a sociedade compreenda e não busque vingança. A atribuição do
Ministério Público Estadual é procurar fazer justiça.
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