segunda-feira, 12 de maio de 2014

Polícia: Acusado de matar o médico Gentil Oliveira há 25 anos volta ao banco dos réus

Cézar Alves/editor- Jornal de Fato
 
Um dos acusados de matar o médico Gentil Paiva de Oliveira, no dia 25 de maio de 1989, em Alexandria, deve ir a novo julgamento. Assim decidiu o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, em processo relatada pelo juiz convocado Andreo Aleksandro Nobre Marques.

No primeiro julgamento, os réus Evaristo Mesquita de Figueiredo e Wildemberg Alves Fernandes de Oliveira, foram condenados respectivamente a 23 anos e 3 meses de prisão e a 17 anos e 3 meses de prisão. Wildemberg foi enquadrado por crime qualificado, ou seja, surpresa e motivo fútil.

Deste julgamento, o promotor de justiça Sidarta John recorreu, assim como os advogados dos dois réus. No caso de Wildemberg, o Tribunal de Justiça reduziu a pena para 14 anos e 3 meses de prisão, mantendo a decisão do regime inicialmente fechado. Wildemberg está foragido.

Este julgamento foi em dezembro de 2011 e Mesquita de Figueiredo, o Tostão, foi preso no início de 2013 no Estado do Espírito Santo, onde vivia escondido usando nome falso.

No caso de Evaristo Mesquita, o Tostão, que foi condenado sem as qualificadoras a 17 anos e 3 meses, o Tribunal de Justiça decidiu por um novo julgamento. No caso, se reduzisse a pena o réu ficaria em liberdade, por ter sido condenado sem as qualificadoras (surpresa e motivo fútil).

Ao contrário do Primeiro Tribunal do Júri Popular, este agora será com a presença do réu, que está preso. A filha do médico Gentil Paiva de Oliveira declarou a mídia em 2012 que nunca perderam as esperanças de ver condenados e presos os assassinos do pai.

O próximo julgamento de Evaristo Mesquita, 25 anos depois do crime, ainda não tem data definida, porém em Alexandria já é motivo de debates nas ruas. O crime ocasionou grande repercussão na época, considerando a importância da vítima no cenário político regional.

O promotor de Justiça Sidarta John destacou que é muito importante que se faça justiça de forma justa e clara aos autores de homicidios para que a sociedade compreenda e não busque vingança. A atribuição do Ministério Público Estadual é procurar fazer justiça.

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