Contudo, nem só de música viveu Gonzagão, mas também de conflitos amorosos e dos entendimentos e desentendimentos com o filho, Gonzaguinha. Todas as nuances do rei do baião, que colocou a alma nordestina em notas musicais, estão disponíveis em 120 minutos, no filme Gonzaga - De Pai para Filho. A estreia é nesta sexta-feira (26), em todo o país.
O longa-metragem tem direção e roteiro de Breno Silva, e conta a vida por trás das andanças de Gonzagão pelo Brasil. Em busca de um dia descansar feliz, guardando as recordações das terras, dos sertões e dos amigos que deixou.
“É tudo costurado com relação de pai e filho entre Gonzagão e Gonzaguinha. Tenho certeza que essa história irá emocionar todo o Brasil”, afirmou Breno Silveira, diretor e roteirista do filme.
Chico Elion relembra Gonzagão e canta sucessos
(Foto: Arquivo Pessoal)
(Foto: Arquivo Pessoal)
“Mas pouca gente é feliz como nós
Um canta pro outro
E do vento escutamos a voz”
Ellion disse ainda que o amigo era muito cativante e rico em melodia. “Aqui no RN ele foi ovacionado. Ele colocou a minha letra no ritmo popular, chamado for all, em inglês, e na nossa língua, para todos. Hoje, depois de Gonzaga, sofremos com a pobreza musical”, concluiu.
Outro grande amigo de Gonzagão é Carlos André, cujo padrinho de casamento foi o Rei do Baião. Além da relação de amizade, foi Carlos que entre 1974 e 1983 se esforçou para reascender a carreira do Velho Lua.
Carlos André com o ilustre padrinho de casamento,
Luiz Gonzaga (Foto: Arquivo Pessoal)
Luiz Gonzaga (Foto: Arquivo Pessoal)
O sucesso foi tão grande que em 60 dias já era disco de ouro e platina” se orgulhou Carlos André.
Carlos André contou ainda que Luiz Gonzaga não tinha um gênio fácil. “Eu saí de Mossoró, onde nasci, para tentar a vida no Rio de Janeiro. Migração impulsionada pelo meu amigo Jackson do Pandeiro. E quando comecei, me espelhava no Gonzagão. Certa vez, gravei um LP sem avisá-lo.
Depois do show, ao invés de me dar os parabéns, ou algo do tipo, ele me deu uma grande bronca e ficou muitos anos sem falar comigo. Para ele, eu era o seu sucessor, e para gravar um disco, precisava do consentimento dele. Anos mais tarde, quando consegui um grande sucesso, com a gravação de 'Se meu amor não chegar', ele me parabenizou e voltamos a grande amizade”, se emocionou Carlos.
O produtor e cantor deu uma palhinha do principal sucesso do LP "Danado de Bom", a canção de mesmo nome.
LP Danado de Bom (Foto: Reprodução)
"Tá é danado de bomTá danado de bom meu compade
Tá é danado de bom
Forrozinho bonitinho,
Gostosinho, safadinho,
Danado de bom"
Para encerrar, Carlos André fez questão de relembrar o sucesso que o fez voltar a amizade com o Rei do Baião.
"Eu hoje quebro esta mesa
se meu amor não chegar
Também não pago a despesa
Nem saio desse lugar"
E brincou, ô época boa, que saudade de Luizão.
VIA G1/RN -Caroline Holder
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