Os dados mostram que a cesariana, que deveria ser uma intervenção
utilizada apenas para beneficiar mulheres e crianças em situação de
risco, é o meio mais utilizado na hora do parto, sendo acompanhado pela
assistência de baixa qualidade e pelo excesso de intervenções. “O parto
no Brasil está fora dos padrões recomendados pelas evidências
científicas: é intervencionista, extremamente doloroso e baseado em
práticas já superadas e não atualizadas”, diz a médica epidemiologista
da Ensp, Maria do Carmo Leal, coordenadora da pesquisa.
“A cesárea não é o método mais seguro para parir. Nos últimos dez anos,
estudos vêm mostrando seus malefícios, que não eram muito claros. Há
riscos presentes e futuros que comprometem a saúde da mulher e da
criança e aumentam os gastos com a saúde”, alerta. Para a mãe, aumenta o
risco de hemorragia, infecção e morte materna, além dos prejuízos para a
vida reprodutiva, como a implantação anormal da placenta em gravidezes
posteriores, enumera. “A cesariana também se relaciona com o atraso na
amamentação e com maior dificuldade de recuperação no pós-parto”, diz Maria do Carmo Leal,
lembrando que uma “intervenção capaz de provocar um dano não poderia ser
banalizada”, só devendo ocorrer quando realmente necessária.
De acordo com o estudo, anualmente, mais de um milhão de mulheres são
submetidas à cesárea, a maior parte sem o preparo necessário para
definição do processo pelo qual vão parir. Por esse motivo, a
pesquisadora entende a razão de 47% das mulheres que terão o primeiro
filho preferirem cesariana, apontando o medo da dor do parto como
principal motivo. Para Maria do Carmo, é justamente a “cascata de
intervenções dolorosas” que colabora para o aumento do desejo pela
anestesia e pela cirurgia.
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Barriguda News - Revista Radis 143
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