ELOISO ALVES DE MATOS
Diretor do Colégio Objetivo Metropolitano
Denunciar que a educação vai mal é uma coisa, mas prestar um serviço de
péssima qualidade é outra coisa bem diferente e, lamentavelmente, esta
tem sido a verdade mais contundente das práticas educacionais realizadas
por muitos professores em sala de aula.
Evidentemente que todos nós queremos reconhecimento, almejamos ser
respeitados profissionalmente, ter bons vencimentos, ser requisitados,
admirados enquanto pessoa, marcar positivamente nossa geração e assim
deixar um legado que as pessoas possam sentir orgulho de nós.
Este comportamento é inerente aos seres humanos e por isso percebemos
todos os dias as pessoas trabalharem, estudarem para crescerem e
adquirirem o seu sustento e conseguirem obter sucesso na vida
profissional e pessoal.
Mas ultimamente uma parcela significativa da população tem ficado
muito preocupada com alguns profissionais da educação que deveriam estar
realizando um excelente trabalho, porém não conseguem. Eles alegam que o
principal problema é a falta das reais condições para desempenharem sua
profissão com qualidade.
Obviamente que poderíamos destacar outras profissões que estão sem
qualidade, mas a preocupação que temos com outros profissionais não é
igual com a que temos com a educação por causa do protagonismo e
centralidade que os educadores ocupam neste modelo de sociedade e desta
forma amplia nosso interesse em falar e discutir sobre os profissionais
que atuam nesta área.
A maioria dos professores infelizmente age como se a profissão deles
fosse a pior do mundo e muitos ainda nem acreditam na educação e mesmo
assim insistem e continuam "trabalhando" na área. Alguns foram para
burocracia, outros para os sindicatos e etc, mas sala de aula nem
pensar.
Basta olharmos o grau de satisfação dos professores a partir de uma
pesquisa encomendada pela Fundação Victor Civita ao IBGE; pois nela
apenas 21% dos educadores das escolas públicas estavam satisfeitos com a
sua profissão.
Isto nos revela uma situação dramática que 79% dos profissionais
estão insatisfeitos, ou seja, a maioria conforme a pesquisa. São dados
alarmantes, mas profundamente reveladores no ano de 2010, no entanto, a
impressão que temos é que não mudou muito o quadro até os dias atuais.
Na mesma pesquisa os professores afirmam que os alunos estão
desmotivados com as aulas e por isso eles não se esforçam para
realizarem um bom trabalho.
Desta forma o círculo que deveria ser virtuoso e função da
aprendizagem e o crescimento, se torna vicioso e desgastante, pois
professores insatisfeitos, alunos desmotivados e pais desinteressados, o
resultado não será nada bom.
Matéria do Jornal Brasil 247 - Continue lendo
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