Em reunião ontem (13), na
Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados, o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, voltou a defender a destinação integral
dos royalties do petróleo à educação pública.
“Petróleo é uma riqueza não renovável, a que as futuras gerações não
terão acesso”, observou ele. “Petróleo não é para financiar a máquina do
governo, não é para custeio. É para preparar o Brasil pós-petróleo,
preparar o Brasil do conhecimento, a sociedade da informação. Só seremos
um país desenvolvido se tivermos educação universal e de qualidade para
todos”, salientou. O ministro insistiu que o Congresso precisa definir
uma fonte nova de financiamento para garantir a aplicação de 10% do
Produto Interno Bruto (PIB) na educação, conforme aprovado no Plano
Nacional de Educação (PNE). “Não há como alcançar as metas do PNE se não
houver uma receita nova.
Não há espaço para aumentar os
impostos”, reforçou Mercadante. “Vamos lutar no Senado por 100% dos
royalties”, completou. O mesmo assunto foi pauta de uma reunião na parte
da manhã com representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE),
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação
Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG). No encontro, o ministro sinalizou
para a necessidade de uma campanha massiva com todos os movimentos
sociais e entidades ligadas à educação para defender a destinação de
100% dos royalties do petróleo para o setor. Segundo ele, a definição precisa ser feita paralelamente à tramitação do PNE no Senado.
Balanço – Durante
audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Mercadante também
apresentou aos parlamentares as principais ações do MEC no último ano.
Lançado recentemente, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa
foi um dos principais temas debatidos. Um dos eixos centrais do
programa é a formação continuada de professores alfabetizadores. Para
que possam participar do curso presencial com duração de dois anos que o
MEC vai oferecer a partir de 2013, eles receberão uma bolsa. O valor
inicial era de R$ 150. No entanto, foi reajustado para R$ 200, levando a
ampliação do orçamento de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,3 bilhões.
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