A comissão eleitoral do Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) divulga
hoje um edital com a nova data para a eleição do órgão. O pleito
realizado nos dias 19 e 20 deste mês foi anulado devido a quantidade de
votos válidos ser inferior à quantidade exigida no regimento. A nova
eleição será realizada em janeiro. As duas chapas que disputam o comando
do sindicato divergem sobre a forma como a primeira eleição foi
conduzida. A chapa de oposição vai pedir ao Ministério Público auxílio
para realização do novo pleito. Segundo Simone Dutra, candidata a
coordenadora pela Chapa 2, a eleição foi anulada porque a Chapa 1, cuja
candidata é atual coordenadora, Sônia Godeiro, não respeitou as regras
da eleição. “Eles deram um golpe na categoria”, taxou.
A sindicalista alega que foi
desrespeitado vários pontos. “Inclusive com relação a formação da
comissão eleitoral. Só há membros da Chapa 1. Usaram a máquina do
sindicato para tentar vencer a eleição. A atual direção é a mesma há 22
anos e não respeitaram a democracia”, contou. A eleição do Sindsaúde/RN
foi conturbada. Durante dois dias, os 13 mil servidores associados
votaram, em todo Estado, nas 17 urnas eletrônicas fixas e 44 urnas de
lona. Para a eleição ser validada, segundo o Sindsaúde/RN, seriam
necessários 6.506 votos de pessoas que constassem na lista de votação,
ou seja, 50% mais um. No entanto, apenas 4.400 votos foram na lista,
outros 2.240 foram em separado. “Um pedido formal de anulação foi
apresentado antes da contagem dos votos. Fizeram um filtro dos votos e
foram anulados 953 votos”, explicou Sônia Godeiro.
EXPLICAÇÕES
A atual coordenadora nega qualquer irregularidade no pleito. “Tudo foi feito com respaldo da comissão eleitoral. Inclusive havia representante da Chapa 2 na comissão. Não há golpe”, justificou. Ela contou ainda que a eleição foi conturbada porque a Chapa 2 recebeu apoio de um partido político. “Nos dias da eleição, chegaram vários ônibus de outras cidades com partidários do PSTU, que apoiava a chapa. Fizeram pressão e atrapalharam a eleição”, contou.
Para a nova eleição, segundo Godeiro, o
quórum exigido é menor. “Agora, o exigido é 40% mais um”, disse. A
eleição foi suspensa por causa de outros motivos, entre eles, está o
atraso no fornecimento da lista de votantes para as duas chapas, a lista
de sócios desatualizada e trocas de listas entre urnas. Simone Dutra
disse que vai convocar o Ministério Público para atuar no próximo
pleito. “Precisamos do apoio dos promotores para intervir nessa eleição.
É um absurdo o que fizeram. Precisa transparência e a democracia
precisa ser preservada”, contou.
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