O Governo do Estado encaminhou à Assembleia
Legislativa, nesta sexta-feira (3), um pacote de medidas econômicas e fiscais
que, entre outras propostas, prevê o aumento da contribuição previdenciária dos
servidores públicos de 11% para 14% e a limitação pelos próximos 20 anos dos
gastos do Executivo, Legislativo e Judiciário, além dos órgãos da Administração
Direta e Indireta.
O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) disse ser
contra o aumento na contribuição previdenciária dos servidores, argumentando
que os funcionários não podem ser penalizados pela crise econômica do Estado.
“Não foi realizado nenhum cálculo atuarial que
justifique o aumento da contribuição dos servidores. O governo usou recursos do
Fundo Previdenciário, mas agora quer jogar a conta nas costas do funcionalismo
público. Não dá pra aceitar”, comentou.
O pacote inclui a Proposta de Emenda Constitucional
de Limitação dos Gastos, inspirada na PEC 55 do governo ilegítimo de Michel
Temer, aprovada pelo Congresso Nacional, que estabelece o congelamento dos
investimentos públicos por duas décadas em áreas essenciais como saúde,
educação e infraestrutura.
Para Mineiro, é um erro “copiar a receita” do
arrocho fiscal imposto pelo governo federal sem se preocupar com o impacto
dessas medidas para a vida da população do RN.
“Precisamos disponibilizar mais recursos para
saúde, educação e segurança, não congelar os investimentos”, ponderou.
As matérias foram entregues ao colegiado de líderes
da Assembleia Legislativa pelo governador em exercício Fábio Dantas, que pediu
pressa aos parlamentares na sua aprovação. Mineiro, porém, ressaltou que “não
há como votar de forma apressada, sem debater com a sociedade, projetos que têm
enorme impacto na vida das pessoas”.
Foto: Vlademir Alexandre.
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