Brasília – O Conselho Federal de Farmácia (CFF) como retrocesso a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) de permitir a venda de medicamentos sem receita médica nas
gôndolas das drogarias.
“Disponibilizar qualquer medicamento ao alcance livre da população é um
retrocesso, um incentivo à cultura da automedicação do brasileiro e
representa, de fato, um risco à saúde da população”, informou o órgão,
por meio de nota.
Ainda de acordo com o comunicado, a decisão causou indignação entre os
conselheiros e não respeita a opinião pública. O órgão garante que mais
de 70% das manifestações, colhidas por meio de consulta pública
realizada em abril deste ano, foram contrárias à liberação da venda dos
remédios sem receita fora do balcão da farmácia. Já a Anvisa informou
que a maioria das contribuições apontava para reverter a proibição.
“O conselho se manterá firme na luta pela saúde pública, pois entende
que dispor os medicamentos isentos de prescrição médica em gôndolas e
prateleiras, ao alcance da população, mesmo que nas farmácias, estimula a
automedicação e o uso indiscriminado”, destacou na nota.
Para o presidente do conselho, Walter Jorge João, existe uma ideia
equivocada, reforçada por interesses comerciais, de que medicamentos sem
receita não fazem mal. Segundo ele, mesmo o mais comum dos antiácidos
pode provocar reações adversas e, por essa razão, os remédios isentos de
prescrição médica não são isentos de riscos.
Barriguda News
Agência Brasil-Paula Laboissière
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