Adital - Os últimos 30 anos da história ocidental comprovam que é
"impossível" combater o tráfico de drogas, diz o antropólogo Luiz
Eduardo Soares, ao narrar o envolvimento do brasileiro Ronald Soares com
as drogas, no seu recente livro Tudo ou nada (Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 2012). "Não se trata de uma opinião, mas de constatação
empírica", declara à IHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail.
Segundo ele, foram gastos "bilhões de dólares na guerra contra as drogas
e o tráfico vai muito bem, obrigado. O lucro permanece, a demanda se
mantém mesmo nos países que possuem as melhores polícias e os mais
sofisticados mecanismos de controle, como os Estados Unidos".
Soares explica que alguns fatores viabilizam a expansão do tráfico de
drogas, como a criminalização e "a proibição, sem a qual não poderia
realizar-se esse comércio em condições tão lucrativas e tão predatórias
para o consumidor". Diante dessa conjuntura, o ex-secretário de
Segurança Pública do Rio de Janeiro questiona: "Ora, se esse é o fato e
se é impossível revogá-lo, a interrogação racional deixa de ser 'deve-se
ou não permitir o acesso' para formular-se nos seguintes termos: 'Em
que contexto institucional-legal seria menos mal que tal acesso
ocorresse? O contexto em que drogas fossem questão relativa à polícia e
prisão, isto é, à Justiça criminal? Ou o contexto em que drogas fossem
matéria de educação e saúde, cultura e autogestão social?" E dispara:
"Resta-nos superar preconceitos e ignorância, e adotar vias
alternativas. O pior flagelo, entre as drogas, são o álcool e a
nicotina. Mesmo assim, ninguém está propondo, felizmente, sua
proibição".
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Barriguda News
Tribuna do Norte
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