Quem pensa que com o passar do tempo o preconceito e as perseguições ao Nordeste e aos nordestinos cessaram está completamente equivocado.
Há seis anos, o jurista Elder Pereira escreveu: “Apesar de existir um senso comum de que o nosso país é cordial a verdade é que não é. O xenofobismo contra os nordestinos nos últimos tempos tem tomado conta da mídia de uma forma tão relevante e criminosa que, hoje os xenofóbicos não fazem a menor questão de esconder seus preconceitos”.
Pouca gente nossa, nordestina, potiguar de boa cepa celebra o fato de o Rio Grande do Norte contar com dois ministros no Governo Federal. Uns não celebram por não gostar de Fábio Faria ou de Rogério Marinho. Outros até desdenham o relevante pelo fato de pertencerem à gestão Bolsonaro. Uns outros até ignoram os feitos que ambos já trouxeram e continuam a trazer para o nosso pobre Rio Grande do Norte e apenas uns poucos sensatos ‘papa-jerimuns’ festejam as conquistas já alcançadas graças às interferências dos ministros Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional e Fábio Faria, das Comunicações.
Enquanto isso, a mídia nacional espezinha com o Rio Grande do Norte, conosco, potiguares e, particularmente com o ministro Rogério Marinho por ter destinado “mais de 3 bilhões de reais para o RN”. Sim, e daí?
Ao www.blogtuliolemos.com.br e ao jornal Agora RN, o ministro calcula que o Ministério do Desenvolvimento Regional já mandou mais de R$ 2 bilhões para fomentar a segurança hídrica no Estado. Sim, e daí?
A exemplo de outras publicações, em matérias semelhantes, a revista semanal ISTO É, abriu espaços generosos em suas páginas para demonstrar o seu xenofobismo contra nós, nordestinos, especialmente potiguares, quando insinuou irregularidades ao dizer que “…Dono de um dos maiores orçamentos na Esplanada dos Ministérios, Marinho tira proveito dessa situação para destinar grandes somas de dinheiro para a execução de obras no Rio Grande do Norte, seu estado, utilizando-as para se promover em sua base eleitoral (…)”. E quem escreveu sabe que o ministro, por ser ministro não determina sozinho os recursos para determinada obra. É preciso a avaliação técnica. Se exigem as justificativas para a aplicação daqueles recursos.
Em nota que contestou a informação da ISTO É, o Ministério de Desenvolvimento Regional afirmar que “desde 2019, já foram viabilizados investimentos da ordem de R$ 3,5 bilhões para o RN e não R$ 1,2 bilhões como afirma a revista”.
Se foram R$ 2 bi, 3 bi ou 3,5 bi que o ministro potiguar destinou para o RN, o que tem de irregular? Sim, e daí?
Quantas vezes se leu nessas revistas ou nos grandes jornais a censura a ministros tais ou quais, de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul ou de Minas Gerais que tenham enviado recursos financeiros para seus estados? Nunquinha. Tudo é normal. Os recursos para esses estados sempre são necessários. Para estados nordestinos, não.
É o xenofobismo em ação. E o pior é que muitos dos nossos conterrâneos nordestinos, potiguares especialmente, aplaudem.
O que o Ministro Rogério Simonetti Marinho trouxe para o seu estado foi o resgate de uma obra como a Barragem de Oiticica, inconclusa desde os anos 1950. O que Rogério Marinho tem trazido de recursos financeiros para o seu estado serve como uma contribuição significativa para dar segurança hídrica e estruturante ao Rio Grande do Norte. O que Rogério tem trazido de benefícios para o RN é insignificante em relação ao que deixaram de trazer durante décadas como contribuição ao desenvolvimento desse nosso pobre estado.
E que nem Fábio e nem Rogério possam dar importância a esses comentários, pois a xenofobia contra o Nordeste existe, é real, está viva.
Fonte: Agora RN/Bosco Afonso
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