O padre Robson de Oliveira e outras 17 pessoas se tornaram réus na Justiça, nesta quinta-feira (10/12), após a juíza Placidina Pires aceitar denúncia feita pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). O sacerdote e os demais acusados são suspeitos de desvio de dinheiro por meio da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), com sede em Trindade (GO).
Foi o MPGO que deflagrou a Operação Vendilhões, em 21 de agosto. Na ocasião, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Trindade e em Goiânia. O MP suspeitava da prática de crimes de apropriação indébita e lavagem de dinheiro. A quantia investigada ronda os R$ 2 bilhões.
Em 6 de outubro, no entanto, o Tribunal de Justiça de Goiás arquivou a investigação. Na ocasião, o desembargador Nicomedes Domingos Borges, que foi seguido pelos colegas da 1ª Câmara Criminal, afirmou que as evidências obtidas pelo MP não comprovavam que o pároco desviava dinheiro para benefício próprio por meio da Afipe. Na semana seguinte, o MPGO anunciou que recorreria da decisão, pedindo a nulidade desta.
Nesta quinta-feira, a juíza Placidina Pires afirmou que aceitou a denúncia, realizada na segunda-feira (7/12), "principalmente diante da existência de elementos probatórios acerca da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria". Para o Ministério Público, padre Robson é o "líder do suposto grupo criminoso".
O advogado Pedro Paulo de Medeiros, que representa o padre, lembrou que o Tribunal de Justiça de Goiás afirmou, por unanimidade, que não houve crime. O defensor disse ao site UOL que vai ao Superior Tribunal de Justiça para confirmar ou não esse entendimento. "Nesse tempo, o MPGO e a juíza querem iniciar um processo sem ter crime. Nada mudou. Continuamos tranquilos e nunca houve ilegalidade", frisou.
*Correio Braziliense
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