Em meio a crise fiscal pela qual passa o Governo do Rio Grande do
Norte, realizando pagamento dos salários do funcionalismo com atraso há pelo
menos um ano e meio, um dado se destaca no relatório de situação fiscal
elaborado pela Secretaria Estadual de Planejamento (SEPLAN) e obtido com
exclusividade pelo Portal Agora RN.
Entre 2010 e 2018, o repasse do Executivo aos demais Poderes
(Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Defensoria
Pública e Procuradoria Geral de Justiça) passou de R$ 733 milhões para R$ 1,5
bi, representando aumento de 110,21%. O órgão que mais teve acréscimos nos
repasses foi a Procuradoria, que em 2010 recebia R$ 116 milhões e, atualmente,
aporta quase R$ 293 milhões (+150,50%).
O segundo Poder que mais registrou crescimento foi a Defensoria
Pública do Estado. Em 2010 ela ainda não recebia aporte financeiro do
Estado, mas passou a receber partir do ano de 2014. Hoje, o valor
repassado para ela, anualmente, é de R$ 45 milhões. Em porcentagem, o ‘aumento’
é de 138,60%. Na 3ª posição do ranking está o Tribunal de Contas, que passou de
R$ 36,7 mi para R$ 87,4 mi (+137,79%).
Fecham a ordem de aumentos nos repasses o Tribunal de Justiça, que
passou de R$ 402 milhões em 2010 para R$ 780 milhões em 2018 (+94,03%), e a
Assembleia Legislativa, que aportava R$ 176 milhões há oito anos e hoje
recebe cerca de R$ 335 milhões (+90,28). Ao todo, os Poderes custam ao Rio
Grande do Norte, anualmente R$ 1,542 bilhão.
Na contramão do crescimento gradativo registrado nos repasses aos
demais poderes do Rio Grande do Norte, o Orçamento Geral do Estado (OGE)
cresceu apenas 53,47% no mesmo período, passando de R$ 7,7 bilhões em 2010
para quase R$ 12 bilhões em 2018.
*Agora RN
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