Que o coração é um dos órgãos mais impactados pelo Sars-CoV-2 já sabemos. E que pacientes com comorbidades cardíacas estão mais sujeitos às versões severas do novo coronavírus também. A novidade agora é que a Covid-19 parece favorecer síndromes coronárias agudas, arritmia, isquemia miocárdica, falência cardíaca e novo tipo de miocardite.
“Infelizmente, já existem evidências de um mecanismo de agressão miocárdica primária ou secundária provocada pelo Sars-CoV-2. E mais: 7% das vítimas fatais tiveram lesão cardíaca isolada, evoluindo para choque cardiogênico”, detalha o cirurgião cardiovascular Waldo Emerson Daniel.
O médico também destaca que, na maioria dos casos, o diagnóstico de miocardite provocada pela Covid-19 é feito pelos sinais e sintomas de insuficiência cardíaca; biomarcadores de lesão; alterações nos exames de imagem ou de avaliação funcional.
“Atenção aos sinais também é importante. A pessoa com miocardite pode se apresentar febre, dor no peito e falta de ar. Da mesma forma, a sensação de fadiga, batedeira, inchaço de membros e a ocorrência de desmaios são indicativos de arritmias, bloqueios denominados atrioventriculares ou insuficiência cardíaca. Mas nem sempre.
Outros sintomas, como dores articulares, náuseas e vômitos, também sugerem um quadro e devem ser avaliados precocemente por um médico. “Nunca negligencie essas manifestações. Mesmo – e principalmente – em tempos de pandemia. Aliás, se a pessoa teve Covid deve procurar uma avaliação de um cardiologista, pois a miocardite também pode estar completamente assintomática”, completa Dr. Waldo.
Fonte: Portal Grande Ponto
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