*Jornal de Hoje
O sol tem mantido sua tradição impiedosa
sobre os mortais que estão curtindo o verão nas praias do litoral do Rio Grande
do Norte ou mesmo quem está na capital. A recomendação para não se derreter em
meio ao calor escaldante é aumentar o consumo de água, frutas e verduras e
evitar comidas gordurosas, frituras e todo tipo de comida pesada.
A
nutricionista da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) Mychelle Kytchia
dá uma receita de ingestão de água mais personalizada. Segundo ela, o ideal
nesse período é que cada indivíduo se hidrate com 35 ml de água para cada quilo
do seu peso corporal. Para uma pessoa que pesa 65 quilos, essa conta daria
pouco mais de 2,3 litros diários.
Mas
ter cuidado com o volume e não saber distribui-lo durante o dia não adianta
muita coisa. A hidratação durante o dia deve ser constante. Ainda segundo a
nutricionista, a cada uma hora e meia, no máximo, deve-se ingerir entre 150 ml
a 200 ml de água. E tem um instrumento que é fundamental para adquirir esse
hábito da frequência. “Quando você anda com sua garrafinha d’água, você vai se
adaptando a isso. No início você urina muito porque o corpo está tentando se
desintoxicar naturalmente, mas depois se normaliza”, ressaltou Kytchia.
Para
recuperar os minerais que são perdidos na transpiração, os isotônicos também
são recomendados. Também há alimentos ricos em água que também ajudam na
hidratação, como frutas e verduras. “De preferência alimentos orgânicos que
reduz a possibilidades de alterações que geram cânceres”, acrescentou.
Para
não ter problemas com o bolso, as frutas escolhidas devem ser as da estação,
como a manga por exemplo. A nutricionista também recomenda a compra de frutas e
verduras frescas, facilmente encontradas nas feiras por preços acessíveis.
ÁGUA E ALIMENTAÇÃO
Alguns
profissionais de saúde chegam a recomendar cessar a ingestão de água – e outros
líquidos – duas horas antes e duas horas depois das refeições principais do
dia. No entanto, Mychelle acredita que esse período é muito longo,
principalmente quando se diz respeito aos moradores da cidade do sol.
Segundo
a nutricionista da Sesap, o ideal seria não consumir líquidos até 30 minutos
antes e até duas horas depois das refeições. Isso acontece porque o suco
gástrico, substância fundamental para a digestão, possui enzimas responsáveis
por “quebrar” os alimentos. “Se você coloca água dilui o meio em que está o
suco gástrico e prejudica a digestão”, informou.
Entretanto,
ainda conforme a profissional de nutrição, há pesquisas que apontam que o
consumo de, no máximo, 30 ml de água durante a digestão. “Isso pode ionizar o
meio e favorecer o processo digestivo”, ressalvou. O difícil seria habituar uma
pessoa que bebe pelo menos 300 ml de suco ou refrigerante em cada refeição a
reduzir esse volume em dez vezes.
COMIDAS GORDUROSAS
As
comidas gordurosas, industrializadas e frituras não combinam com o sol
escaldante. É normal nesse período que muita gente reclame de inchaço depois da
alimentação por conta do clima e da escolha da alimentação. Regurgitar e
produzir gases em excesso também são consequências.
Além
disso, o mal acondicionamento das comidas aumentam as inflamações gástricas,
muito comuns nessa época onde de tudo se vende à beira-mar. Mas o perigo também
pode estar dentro de casa. “A gente observa muito em casa de praia que se faz a
comida e as pessoas não tem hora para comer. Os alimentos ficam a tarde inteira
expostos nas panelas”, observou. Essa prática favorece o surgimento de
micro-organismos.
A
orientação é que o alimento não fique mais de meia hora exposto à temperatura
ambiente. Quando houve mesas que mantém a temperatura – como em restaurantes
self-service -, essa exposição pode durar não mais que três horas.
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