Apesar do Governo do Estado ter encaminhado três de um total de cinco
projetos de lei à Assembleia Legislativa, o Sindicato dos Trabalhadores
da Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN) deixou para a
assembleia marcada para esta nesta sexta-feira (28), a decisão de
colocar um ponto final ou não na greve dos professores. “Quando o
governo enviar os cinco propostas e elas forem analisadas discutiremos
se a greve chegará ao fim ou não”, afirma a presidente do Sinte-RN,
Fátima Cardoso.
Ela também afirma que pode acionar o Governo
judicialmente pela decisão de corte no ponto dos professores em greve.
“Não nos negamos a repor as aulas. Elas seriam repostas no meio do ano,
em dias que não houvesse jogos da Copa do Mundo em Natal e no final do
ano”, explica.
Ao ser questionada sobre uma possível ação
judicial, a Secretária de Estado da Educação e da Cultura (SEEC),
Betânia Ramalho refutou as afirmações, informando que só cumpre
orientações da Procuradoria Geral da União (PGE) em relação a um
possível desconto na folha de pagamento dos servidores e ressaltou que
“os professores nunca tiveram tanto reconhecimento como agora”.
“O
pequeno número de adesão à greve, 787 de um total de 28.000
servidores”, disse ela, “reflete isso. Em relação à greve, nós apenas
lamentamos pelos alunos que estão perdendo aulas”, disse Betânia.
Segundo
a secretária, o reajuste salarial de 8,32% e a progressão da classe de
vencimento a todos os professores e especialistas da educação terá um
impacto de R$ 136 milhões. O dinheiro virá do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE). Um outro projeto faz o reordenamento
do porte das escolas estaduais, que serão agrupadas em cinco níveis, de
acordo com o número de alunos matriculados. A medida cria 666 funções
gratificadas de diretor e 575 de vice-diretor.
Barriguda News
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