No domingo dia 03, Marília Gabriela entrevistou um certo pastor famoso que tem, segundo a revista Forbes,
 um patrimônio pessoal de cerca de trezentos milhões de reais (R$ 
300.000.000,00). O tal pastor é conhecidíssimo por seu conservadorismo e
 homofobia.
(Não direi o nome do pastor. Vai que na terceira menção ao seu nome ele aparece!)
A entrevista foi pessimamente conduzida. Os sofismas e a retórica do 
pastor passaram batidos pela entrevistadora. Mas deu audiência e o SBT 
já estaria planejando uma nova entrevista com o este senhor. Para a TV, 
dinheiro é tudo, mesmo que tenha que dar voz ao discurso de ódio.
O tema principal, claro, foi a homossexualidade. O pastor veio com 
ladainhas retóricas sobre temas no qual é completamente ignorante, mesmo
 em psicologia, área de sua graduação.
O pastor tentou usar argumentos "científicos" para justificar sua 
homofobia (que “ama o homossexual e o assassino”), e falou uma dúzia de 
bobagens destinada a convencer os já convencidos. Sobre genética, 
evolução, biologia, psicologia... só bobagens. Mas cumpria ali seu papel
 de jogar argumentos para seu público.
Depois disso, as redes sociais foram invadidas por “respostas” ao 
pastor, de cientistas que entendem do riscado, que demoliram os 
argumentos pseudo-científicos do, bem, chamá-lo-ei de Beetlejuice.
Eles nascem homossexuais? Isso é genético? É ‘alma’? Ou seria um ambiente propício? É natural? Cultural? Ambos?
Da minha parte, não me importa o que a ciência diz. Ela já disse 
tantas coisas, já justificou tantos preconceitos e assassinatos por aí. 
Até a década de 1970, por exemplo, a homossexualidade era considerada 
uma doença ou perversão, isso embasado na tal “ciência”.
O que realmente importa é que existem homossexuais, que são pessoas 
como qualquer outra. Como pessoas, devem ter direitos exatamente iguais,
 cidadania plena. Direitos e cidadania que pessoas como o pastor 
Beetlejuice não admitem.
Para estas, suas crenças devem dominar o mundo e ser a crença de 
todos. É uma visão absoluta, que não admite contraditório, não admite 
nada que não se encaixe na sua visão de mundo, tendo que todos se 
converterem a ela.
Não é menos sintomático que o pastor acabe sua entrevista dizendo que
 é “contra” o divórcio (faltou a pergunta: “deveria ser proibido?” ao 
que, creio, teria um “sim” como resposta).
Além deste discurso bonzinho que ama “os homossexuais e os 
assassinos”, o absolutismo do pastor encontra um, e apenas um inimigo: a
 visão estereotipada que fazem do islamismo. Respeita o papa católico 
como um líder de uma religião, mas enxerga o Islã como “um radicalismo 
muito horroroso”, afirmou.
Nesta visão completamente deturpada e estereotipada, o Islã é um 
outro absoluto, assim sendo, um espelho. Beetlejuice se reconhece neste 
espelho, só não pode admitir.
Por isso nada adianta colocar discursos científicos ou mesmo bíblicos
 no debate. O que realmente interessa é a integridade e a dignidade 
humana. E isso é para todos, absolutamente.
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