terça-feira, 1 de maio de 2012

Escritores Alexandrienses

Os Escritores Alexandrienses Gerailton Cavalcante e Claudeciano Ferreira acabam de lançar seus livros pela Editora Clube de Autores.

Gerailton por Claudeciano

O primeiro livro de sonetos de Gerailton Cavalcante. Uma revolução na arte de sonetar. De fato um livro que vale a pena adquirir. São 95 sonetos em um trabalho profundamente bem construído, de modo que só quem nada entende de poesia, não perceberia a nítida e impressionante mastria do autor na composição de sonetos.

Na presente obra, a cada soneto que se lê é perceptível a maneira como o autor vai se superando nessa arte, marchando a passos largos para ocupar o posto de um melhor dos poetas dos tempos hodiernos na literatura brasileira. A subjetividade exacerbada, querendo dizer sem dizer, é a marca registrada do autor, uma constante nesta obra. Fazer soneto é, na verdade, dialogar consigo mesmo e disto o poeta está ciente, pois cada soneto seu é um auto-dialogo.

Cada soneto que aqui lemos empata em beleza ou supera o anteriormente lido. Aqui, pois, conseguiremos visualizar lindíssimas e profundas imagens onde certamente nos veremos em algum verso.

Algumas imagens quando lemos Gerailton, imagens essas pintadas em 14 versos, ficam se contorcendo em nossa mente, e se reviram e se metamorfoseiam, tentando ganhar uma forma definitiva, mas a cada forma nova que ganham nos dão um novo sentido poético a cada um dos sonetos

Claudeciano por Claudeciano

Na presente obra apresento minha coletânea de sonetos sobre os mais variados temas. Estes sonetos seguem a tendência da poesia moderna, e fugindo do classicismo, mantém apenas a forma fixa das estrofes, composta de dois tercetos e dois quartetos.

INQUIETUDES DO SER é composto de 105 sonetos, nos quais discorro sobre as desilusões de mim mesmo, da vida e do mundo. Sobre o otimismo, as impressões que tenho das coisas de um modo geral. Discorro sobre a arte poética, sobre o saudosismo das coisas de outrora, e principalmente sobre as possibilidades do amor.

Particularmente, em se tratando de sonetos, gosto do estilo de Florbela Espanca, e, de certa forma, assemelho-me a ela quanto a recorrência aos temas subjetivos. Florbela era imensamente terna, descrevia de forma poética o seu anseio de felicidade plena e quase sempre utópica. Sua poesia dizia muito sobre ela, quando de forma subjetiva, revelava suas próprias frustrações e anseios. Os meus também falam de mim quanto ao que anseio, o ao que penso e ao que sou.

INQUIETUDES é na verdade um mergulho em mim mesmo. E o que eu buscava nesse mergulho nas profundezas de mim? Certamente procurava pelo eu perdido, tantas vezes mencionado em outros sonetos. Pelas coisas que se perderam de mim. Pelas lembranças das coisas que não vivi, pelas coisas e sensações quase sempre indefinidos.

Da Redação:Jânio Melo

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