Em assembleia realizada ontem pela manhã, na sede da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Aduern), os professores decidiram manter por tempo indeterminado a greve geral iniciada no último dia 3, já que o Governo do Estado não encaminhou nenhuma proposta para encerramento da paralisação.
Docentes e técnicos-administrativos reivindicam reajuste de 10,60%, retroativo a abril, conforme acordo com o Governo do Estado, firmado em setembro de 2011, para o fim da greve do ano passado, que durou 106 dias. A administração estadual, entretanto, alega impedimento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para cumprir.
Enquanto não se resolve o impasse, os servidores em greve seguem se mobilizando para fortalecer o movimento. Na assembleia de ontem, os professores avaliaram que a paralisação tem se fortalecido através de mobilizações como marchas e panfletagens, esclarecendo o motivo e conseguindo apoio da sociedade.
"Com as mobilizações que estamos fazendo, também estamos agregando mais pessoas. Já que o Governo do Estado não enviou uma resposta para os professores, a greve foi mantida. Agora esperamos que o governo se manifeste para podermos definir os rumos do movimento", diz o presidente da Aduern, professor Flaubert Torquato.
Ele acrescenta que o movimento continuará até o posicionamento do governo em relação aos pleitos dos servidores. "Como o Governo do Estado não enviou resposta à proposta do pagamento do reajuste de 10,65% no mês de maio, retroativo a abril, a greve continua por tempo indeterminado", reforça o representante dos professores.
O comando de greve unificado, composto pela Aduern, Sindicato dos Servidores Técnicos-Administrativos da Uern (Sintauern) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), reúne-se hoje para elaborar o cronograma de mobilizações para os próximos dias. No calendário deve constar mobilizações de rua e interna, de variadas formas.
Como a manifestação de ontem à noite, por meio de protesto silencioso na solenidade de colação de grau no Campus Central da Uern, em Mossoró. Os professores participaram da solenidade com tarja vermelha, sinalizando a greve na Universidade. Essa mesma mobilização já foi realizada terça-feira (15), na colação de grau em Assu.
Apesar do fortalecimento da greve, segundo os professores, a categoria continua aberta ao diálogo com o Governo do Estado e aguarda convite para reunião ou envio de proposta para que pelo menos tenha-se uma data certa para o reajuste, já que o Executivo confirma o pagamento apenas quando houver permissão da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fonte: O Mossoroense
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