Depois de pouco mais de 20 dias de greve, a procuradoria do Governo do Estado ajuizou ontem o pedido de ilegalidade do movimento paredista dos docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Segundo o procurador Miguel Josino, a decisão foi tomada depois de várias tentativas de negociação com a categoria. O pedido será avaliado pela juíza substituta Sulamita Pacheco e, de acordo com informações repassadas pelo chefe de gabinete Anselmo Carvalho, será agendada uma audiência conciliatória entre o Governo e a Associação dos Docentes (ADUERN).
Nessa última semana, a equipe formada por várias secretarias voltaram a se reunir e decidiram que nenhuma categoria receberá reajuste salarial até que os problemas vigentes na área da Saúde sejam solucionados.
A informação foi repassada pela professora Betânia Ramalho, titular da Secretaria de Estado da Educação.
De acordo com ela, a prioridade foi anunciada pela própria governadora. Em contrapartida, o professor Flaubert Torquato assegurou que até o final da tarde ainda não havia recebido nenhuma notificação do Governo, tampouco do Tribunal de Justiça.
A governadora Rosalba Ciarlini foi ontem à cidade de Pau dos Ferros para assinar ordem de serviço do Sistema Adutor do Alto Oeste. Representantes da Aduern aproveitaram a ocasião para entregar a documentação com a proposta da categoria e pedir mais agilidade nas negociações.
O clima esquentou e Rosalba ameaçou de cortar o salário dos professores que não retornarem às salas de aula.
Em seu discurso, ela defendeu que a greve é um direito, mas as aulas também é um direito dos estudantes.
A fala foi repercutida pelo twitter da governadora, alimentado pela assessoria. Porém, em contato com Miguel Josino, ele disse desconhecer a decisão do corte até que o pedido de ilegalidade seja julgado.
Fonte:Jornal de Fato
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