A migração do ex-deputado Carlos Augusto das "sombras" para a linha de frente do Governo do Estado não foi a única pauta deliberada pelo Conselho Político de Rosalba, semana passada, em Brasília.
A forma adotada por Rosalba para governar o Rio Grande do Norte também foi objeto de discussão do bloco de líderes.
Novamente, partiram do PMDB as críticas mais contundentes sobre o que foi tratado como "centralização em excesso" das decisões governamentais.
Henrique e Garibaldi elogiaram o cuidado com que Rosalba e Carlos Augusto tratam as nomeações para cargos de confiança e as ações administrativas, a fim de evitar desvios éticos. No entanto, ponderaram que há exagero na dose e que essa centralização termina por travar o governo, tornando muito longo o caminho entre o planejamento e a execução das medidas autorizadas.
Por outro lado, acrescentaram os peemedebistas, a centralização tira a autonomia dos secretários, impedindo-os de deslanchar com as ações que poderiam dar ao governo o ritmo pretendido.
Para completar, lembraram que o estilo de gestão implantado até agora cria problemas com os aliados políticos. A Assembleia Legislativa foi citada como exemplo.
Os deputados da bancada de Rosalba já não fazem questão de esconder a impaciência com a falta de consequências para pleitos como a indicação para cargos comissionados e a realização de obras em suas bases eleitorais.
Rosalba Ciarlini está prestes a completar seu 17º mês de governo. Ou seja, não tem ainda um ano e meio de gestão. Os aliados demonstram preocupação com o volume de problemas acumulados no período. Mais ainda com o fato de que esses problemas continuam crescendo.
O Conselho Político montado por ela já apontou os caminhos que julga mais adequados trilhar para afastar os riscos de crise.
Segui-los ou não vai depender agora da disposição de Rosalba - e Carlos Augusto - de ouvir as recomendações feitas pelos conselheiros que ela própria escolheu.
Fonte: No minuto.com
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