A lista de “possíveis pré-candidatos de oposição” a cada dia fica consideravelmente maior: em 2021 a mídia especulou o nome do prefeito de Natal, Álvaro Dias, que alternou entrevistas afirmando que poderia ser candidato com outras negando qualquer chance de candidatura. No final do ano passado, o deputado federal Benes Leocádio (Republicanos) chegou a se lançar oficialmente pré-candidato e começou uma agenda para viabilizar essa possibilidade. Mas o desempenho pífio nas pesquisas e a falta de apoios sólidos o levou a desistir.
STYVENSON VALENTIM
Nesta sexta-feira, 18, outro nome que muda de ideia com frequência voltou a falar em possível pré-candidatura. Trata-se do senador Styvenson Valentim (Podemos) que, ao Blog do Dina, afirmou que considera disputar o Governo do Rio Grande do Norte no pleito de 2022. O mesmo Styvenson em diversas entrevistas e nas redes sociais nos meses finais de 2021 havia negado qualquer chance de disputar o Governo.
Contudo, embora o capitão da Polícia Militar represente uma candidatura de evidente oposição a Fátima, não é vista com bons olhos pela oposição à governadora, representada pelo bolsonarismo e por grupos político-econômicos. O senador é considerado explosivo e não goza de confiança no meio político, o que dificulta apoios e alianças, além de “travar” costuras como a das candidaturas a vice-governador e ao Senado.
HAROLDO AZEVEDO
Outra pré-candidatura lançada também nas última semanas é a do empresário Haroldo Azevedo, que se filiou ao PP. Desde 2021 Haroldo sonha com este projeto político e tem respaldo de parte da elite econômica potiguar. Contudo, é um ilustre desconhecido para o eleitorado norte-rio-grandense e não vem mantendo agenda política para expandir o leque de alianças.
EZEQUIEL FERREIRA DE SOUZA
O caso da pré-candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do RN Ezequiel Ferreira de Souza (PSDB) é o mais enigmático e desafiador. Para parte da mídia potiguar, trata-se de uma pré-candidatura existente e já em fase de viabilização política. Contudo, como já analisado pela agência Saiba Mais, o próprio Ezequiel jamais lançou a pré-candidatura nem reproduziu ou comentou qualquer matéria ou foto referente ao assunto, mantendo um silêncio absoluto sobre o tema.
Silêncio tão poderoso que até o levou a não viajar ao Seridó para receber o presidente Jair Bolsonaro, o que faria com que “queimasse navios” em relação ao Governo Fátima Bezerra, a quem dá sustentação política na ALRN e a quem apoiou no segundo turno das eleições de 2018.
O fato é que a pré-candidatura Ezequiel, por mais que seu nome seja respeitado no universo político e tenha potencial de crescimento, por ora só existe nos sonhos de prefeitos e nas matérias de blogueiros. Jornalistas experientes comentam que seria improvável Ezequiel trocar uma reeleição garantida por uma candidatura arriscada contra uma até agora aliada.
FÁTIMA BEZERRA
Em suma, o excesso de pré-candidaturas (ou pseudocandidaturas) ao Governo (Benes, Álvaro, Haroldo, Styvenson, Ezequiel) ao longo do espaço de um ano faz com que Fátima acabe tendo facilidade para liderar as pesquisas e espaço para mexer peças no tabuleiro político. Uma candidatura sólida de oposição pautada há tempos tornaria mais complicado para Fátima dialogar com MDB e PSDB, por exemplo. No caso de Styvenson e Haroldo refluírem das pré-candidaturas, o que não seria surpresa, levará Ezequiel a uma pressão onde ele terá de sair de seu silêncio. Isso se até tal cenário acontecer não for lançada uma nova pré-candidatura oposicionista. Para alegria de Fátima e do PT, claro.
Fonte: Saiba Mais/RN
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