“Ouço e leio os
relatos que me chegam de todos os cantos e fico perplexo.
São servidores
públicos do Estado que estão devendo a agiotas.
Que estão devendo a
bancos.
Que não têm dinheiro
para pagar a conta da comida e da higiene.
Que não têm dinheiro
para pagar as despesas com a escola da meninada.
Que não têm dinheiro
para pagar a farmácia.
Que não têm dinheiro
para pagar o transporte.
Servidores ativos,
servidores aposentados.
Servidores que ganham
mais, servidores que ganham menos.
Pois tanto os que
ganham mais, quanto os que ganham menos, são iguais na hora de pagar suas
contas, seus empréstimos, seus remédios, sua alimentação e higiene, as escolas
dos filhos, suas roupas, o transporte que usam.
E a Assembleia
Legislativa, o Tribunal de Contas, o Ministério Público, a Justiça, nada, nada
vezes nada.
Não se interessam pela
dor dos outros. Fazem de conta que não é com eles.
E o Governador do
Estado, nada. Nada vezes nada.
Não se interessa pela
dor dos outros.
Mesmo se e quando a dor
dos outros, às vezes, atrapalhe”.
*Esse conteúdo foi publicado originalmente em François Silvestre
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