Considerada a maior obra dos sete anos de Governo Wilma de Faria, do PSB, a Ponte Newton Navarro foi construída com um superfaturamento de R$ 17 milhões, pagos diante de várias irregularidades no processo licitatório. E quem afirma isso não é nenhum político adversário da ex-governadora, candidata agora ao Senado Federal. Quem afirma é a Justiça Federal do Rio Grande do Norte, que após sete anos com o processo, julgou e condenou sete pessoas e cinco empresas por improbidade administrativa. Entre os considerados culpados pelo juiz federal Janilson Bezerra, o atual deputado estadual e candidato a reeleição Gustavo Carvalho (PROS), ex-secretário de Infraestrutura da gestão Wilma; Damião Pita e a empresa Queiroz Galvão, uma das responsáveis por boa parte das obras da Prefeitura de Natal, na gestão Carlos Eduardo Alves (PDT).
O magistrado destacou ainda que o relatório da Controladoria Geral da União (CGU) mostrou sobrepreço/superfaturamento em produtos comuns a obras, não prosperando a defesa dos acusados de que o preço diferenciado ocorria em material específico daquela construção. “A CGU demonstrou, em seu relatório de auditoria, que os itens utilizados como referência de preço de mercado dessas fontes referiam-se, basicamente, ao fornecimento de material (aço e concreto), ao lançamento de concreto e à execução de estacas tipo hélice, que não trazem nenhuma característica especial vinculada ao tipo de obra e que possa majorar seu custo”, escreveu o magistrado federal.
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