O primeiro levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), apontou que a população que vive em pobreza extrema — o equivalente a R$ 154 por mês — baixou de 4,2% para 3,3%. São 6,9 milhões de brasileiros nesta condição, ante 8,8 milhões. Já os que vivem em situação de pobreza — R$ 446 por mês —, teve retração de 23,8% para 21,7%.
Os dados foram retirados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid-19, publicada toda sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE) e que mede o efeito da pandemia no cenário socioeconômico do país. Segundo o pesquisador Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do FGV/Ibre, a redução das taxas de pobreza condiz com o início da ampliação de beneficiados pelo auxílio emergencial. “Tais reduções coincidem com um aumento da cobertura do auxílio emergencial, que passou de um antedimento de 45% para 50% da população entre maio e junho, que beneficiou principalmente os mais pobres”, afirma.
Outro levantamento apontou que o benefício de R$ 600 aumentou o rendimento dos atendidos em uma média de 24% em comparação ao que recebiam antes da pandemia. Os trabalhadores sem escolaridade foram os principais impactados pelo auxílio, com aumento de até 156% de renda. Segundo a pesquisa do Centro de Estudos em Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, o nível de escolaridade é proporcional a renda, ou seja, quanto menos instruído, mais baixo o salário, logo maior o impacto dos R$ 600 na arrecadação mensal. Aos trabalhadores informais, a média de rendimento aumentou 50%.
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