Yuno Silva
Repórter TN
Ela está há pouco mais de 15 anos na estrada, começou como tantos outros
cantando na noite e atualmente vive o melhor momento de sua carreira –
pelo menos até agora! Com talento e muita personalidade, Khrystal
Saraiva colhe os frutos de seu trabalho como cantora e compositora
Brasil afora, lida coroada por uma agenda que extrapola as fronteiras do
Rio Grande do Norte. Mas antes que tentem creditar a boa fase da
potiguar na conta pós-The Voice Brasil, é bom que se diga que não é de
hoje que Khrystal coleciona performances em palcos fora do Estado: a
diferença é que agora as coisas estão menos difíceis – fácil é uma
palavra que não faz parte do dicionário da cantora de 32 anos que andava
pelo Beco da Lama na virada do século buscando uma brecha para soltar a
voz.
Para se ter uma noção do alcance de sua música, Khrystal cumpre nova
temporada regional levando na bagagem os últimos momentos dedicados à
divulgação do álbum “Dois Tempos”, lançado em 2012. Enquanto o terceiro
disco não sai do forno, cujo lançamento está previsto para o segundo
semestre deste ano, ela segue para Fortaleza no dia 25. Na volta, faz
Areia Branca (RN) dia 26 e retorna a Natal para preparar show especial
no Teatro Riachuelo no dia 2 de maio (ingressos à venda na bilheteria do
teatro por R$ 40 a R$ 100). Ainda em maio se apresenta em Maceió (29),
Campina Grande (30) e Caruaru (31); chegando ao Recife no dia 7 de
junho.
Para Khrystal, além, claro, de toda repercussão e visibilidade nacional
que sua participação no programa The Voice Brasil proporcionou, passar a
ser conhecida e reconhecida por mais pessoas dentro do próprio RN foi
sua maior conquista. Em entrevista exclusiva ao VIVER, ela fala da
carreira pós-The Voice, da polêmica envolvendo seu nome quando desabafou
nas redes sociais sobre sua saída, dos novos projetos e da atuação como
atriz no filme “A Luneta do Tempo” de Alceu Valença. Confira:
Bate-Papo - Khrystal SaraivaCantora
Você
tinha uma agenda movimentada de shows fora do RN bem antes de
participar do programa. Mas as coisas ficaram menos difíceis agora, no
pós-The Voice?
Sempre trabalhei muito, mas as coisas se
ampliaram, tenho recebido convite para cantar em várias cidades fora da
minha área de atuação (Nordeste). Esse segundo semestre promete trazer
novas conquistas, novos palcos e platéias. Isso me estimula muito, mas
não tem nada fácil não.
E o cachê melhorou também?
Que pergunta indiscreta. [risos] Melhorou um pouquinho sim!
Apesar
de você ainda estar circulando com o show do CD “Dois Tempos”, já há
planos para um novo álbum. No segundo semestre teremos novidades,
confere?
Confere. O “Dois Tempos” está na fase final de seu ciclo. Vem aí um novo disco e já estou finalizando tudo.
Alguma coisa para adiantar sobre esse próximo disco: composições autorais, algum estilo predominante, novas parcerias?
Dá
pra dizer que tem “A Carne” e “Morô?” no repertório. É um disco de
intérprete, só tem uma música minha (a própria Morô?), e está ficando
lindo. Já muito sinto orgulho. (As duas músicas citadas foram defendidas
por Khrystal durante sua participação no The Voice Brasil)
Falando
nisso, a música “A Carne” (Seu Jorge/Marcelo Yuca/Ulisses Cappelletti)
marcou sua performance na TV. Consegue explicar os motivos da
identificação imediata do público? O que pesa mais: o teor da
letra/mensagem, sua interpretação ou as duas coisas juntas?
Antes
de ir para o programa eu já cantava essa música, quem frequenta meus
shows sabe disso, mas não saberia dizer o que determinou a identificação
das pessoas. É tanta coisa. A letra é forte, diz muito sobre o Brasil.
Khrystal,
existe o antes e o depois de sua participação no The Voice? Mudou
alguma coisa após o programa, passou a se preocupar com detalhes que
antes eram irrelevantes?
Acredito que essa coisa de ir se
preocupando mais com o trabalho é natural, independente de qualquer
coisa, mas depois do programa sinto que esperam mais de mim. Com isso
aprendi a esperar mais dos outros também.
Não
há dúvidas que a visibilidade na televisão projetou seu nome
nacionalmente, mas e no RN: percebeu ampliação do seu público? Como o
The Voice alcançou todas as camadas sociais, deu uma misturada?
Misturou
muito sim. A TV ainda é um filtro grande: pra você “prestar” e até
“existir” para alguns tem que aparecer por lá (na telinha). E também por
entender isso, eu fui (participar). É curioso ver pessoas que antes
sabiam de mim, mas não ligavam muito, hoje quando me encontram na rua
não passam mais direto nem viram a cara: agora me param pra dizer que
sou um orgulho pra elas.
Dentro
dessa lógica, de primeiro chamar a atenção do país para depois colher os
frutos no próprio Estado, ainda é correto afirmar que o artista
potiguar precisa despontar fora para conquistar dentro?
Não é
que seja correto, acho incorreto até; o valor de um artista não se mede
por que ele aparece ou não na TV. Conheço muito artista “de gueto” que
bota muita estrela da TV no bolso. Mas temos que entender que é assim,
essa é a regra do jogo. Como bem disse Roberta Sá em uma entrevista
recente comentando minha saída do The Voice: “a visibilidade é ótima,
mas é apenas um programa de TV” e é mesmo! Acho ingênuo o artista que
vai pra um programa desses achando que sua vida vai se transformar em
outra coisa que não seja trabalho, trabalho, trabalho.
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