Brasília - O presidente em exercício da Câmara dos Deputados, André
Vargas (PT-PR), classificou como “lamentáveis” e “desairosas” as
declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa, a respeito dos partidos políticos brasileiros e da relação
entre os poderes Executivo e Judiciário.
Vargas criticou o presidente do Supremo que, segundo ele, tem
desrespeitado as instituições. “O que ele [Joaquim Barbosa] vem fazendo
ultimamente é apostar na crise entre os Poderes. Ele é o fator de crise.
Nós podemos dizer que hoje se há uma crise entre o Legislativo e o
Judiciário esse fator se chama Joaquim Barbosa que não pode se comportar
como tutor da sociedade e nem como censor do Congresso Nacional”,
disse.
Em uma palestra em um centro universitário em Brasília, Barbosa disse
que o Congresso é “inteiramente dominado pelo Poder Executivo” e que os
partidos políticos não têm “consistência ideológica e programática” e
que eles são “de mentirinha”. Mais tarde, o presidente do STF divulgou
nota na qual diz que não teve a intenção de criticar ou fazer juízo de
valor a respeito da atuação do Legislativo e seus integrantes. No
documento, o ministro alega que estava fazendo um “exercício intelectual
em um ambiente acadêmico”.
Irritado com as declarações, o presidente em exercício da Câmara
disse que Barbosa “não se dá o respeito” e “não está à altura” do cargo
de presidente do Poder Judiciário. Ele lembrou que o presidente do STF
recentemente destratou presidentes de associações de classe da
magistratura por causa do que ele considerou um lobby pela aprovação no Congresso de emendas constitucionais para a criação de tribunais regionais.
“Não são as primeiras [declarações] lamentáveis que ele dá. Já fez
isso com representantes do Judiciário, já fez isso com integrantes do
próprio Congresso Nacional em alguns momentos. Isso não está a altura do
representante de um Poder como o Supremo Tribunal Federal, que deveria
apostar na relação harmônica e colaborativa entre os Poderes e não como o
militante de uma causa ou como alguém que se manifesta com paixão ou
até com desdém em relação a outro Poder. Então, lamentamos muito. Isso
não tem nada a ver como STF, apenas com o presidente do Supremo, que não
está a altura do cargo que ocupa no momento”, disse o presidente em
exercício da Câmara.
Por fim, André Vargas lembrou que os deputados e senadores são
eleitos pelo voto popular e acusou Barbosa de “não ter apreço pela
democracia”. Ele defendeu a atuação dos parlamentares e disse que “se o
Brasil vai bem é porque o Congresso Nacional vota bem”, se referindo à
solidez com que o país tem passado pela crise econômica internacional.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que está em
viagem aos Estados Unidos, divulgou nota, por meio de sua assessoria de
imprensa, lamentando as declarações de Joaquim Barbosa.
“Uma desrespeitosa declaração como essa não contribui para a harmonia
constitucional que temos o dever supremo de observar”, disse Henrique
Alves. “E, com a responsabilidade e maturidade que tenho, não quero nem
devo tensionar o relacionamento entre os Poderes. O Parlamento e os
partidos políticos, sustentáculos maiores da democracia brasileira, e
todos os seus integrantes, sem exceção, legitimados pelo voto popular,
continuarão a exercer o pluralismo de pensamentos, palavras e ações em
favor do Brasil mais justo e democrático. Tenho consciência que esse é o
verdadeiro sentimento do Poder Judiciário, do Poder Executivo e do
Poder Legislativo”, concluiu.
A crise entre os poderes Legislativo e Judiciário se arrasta há meses
com diversos episódios de troca de acusações entre os dois lados.
Recentemente a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara chegou a
aprovar uma proposta de emenda à Constituição que submetia ao Congresso
Nacional as súmulas vinculantes e decisões do Supremo que considerassem
leis inconstitucionais.
Via Agência Brasil - Repórter Mariana Jungmann
O CIDADÃO JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES TEM TODO O DIREITO DE FALAR A RESPEITO DESSA VERGONHA NACIONAL QUE É A POLÍTICA BRASILEIRA. O PODER EXECUTIVO PARA GARANTIR A GOVERNABILIDADE COMPRA APOIO PARLAMENTAR, MEDIANTE A DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS PÚBLICOS. O PODER LEGISLATIVO FICA AMARRADO PELAS MEDIDAS PROVISÓRIAS QUE ATRAVANCAM A PAUTA DAS DUAS CASAS; E POR AI, SEGUE...TODOS PREOCUPADOS EM DEFENDER SEUS PRIVILÉGIOS DO QUE EM PROMOVER A JUSTIÇA SOCIAL E O BEM ESTAR DA COLETIVIDADE, DAÍ A CORRUPÇÃO IMPERA. ESSE PESSOAL NÃO TEM DIGNIDADE PARA FALAR DO NOSSO EXCELENTÍSSIMO MINISTRO JOAQUIM,(EM PARTICULAR MEU ÍDOLO), CALEM A BOCA E REFLITA COMO VOCÊS ESTÃO AFUNDANDO UMA NAÇÃO!
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