quinta-feira, 5 de março de 2020

ECONOMIA: Mercado de quentinhas e marmitas sobe 121% no RN em três anos

DE FATO

Matéria divulgada no site do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrar) mostra que o número de empresas formalizadas no Rio Grande do Norte que atuam no preparo e comercialização de refeições prontas deu um salto significativo nos últimos três anos.

De acordo com levantamento feito pelo Sebrae no RN, tendo como base os dados do Ministério da Economia, a qualidade de negócios ligados à alimentação para consumo domiciliar (classificação dos serviços de marmitas, quentinhas e outras refeições embaladas) registrou um aumento de 121,2% em três anos.

O número de estabelecimentos subiu de 1.349 empresas para 2.984 pequenos negócios, e até o final de fevereiro o total já saltou para 3.151 empresas. O MEI representa cerca de 94% desse total de empresas que trabalham com alimentação para consumo domiciliar em todo o Rio Grande do Norte. Essas informações confirmam a importância dessa atividade como uma das alternativas mais buscadas no momento do desemprego, mas também indicam um movimento natural do mercado que busca desenvolver novos modelos de negócio que respondam à demanda de um consumidor mais exigente e seletivo, que não está necessariamente disposto a pagar muito mais por produtos de qualidade.

E o crescimento não está restrito apenas ao Rio Grande do Norte. O Brasil registrou crescimento semelhante. Nos últimos cinco anos, o número de empreendimentos cresceu expressivamente no país, passando de 102,1 mil (2014) para 239,8 mil (2019) – o que representa um crescimento de 134%.

O MEI representa cerca de 94% do total de empresas que trabalham com alimentação para consumo domiciliar em todo o Rio Grande do Norte.

A explicação para esse salto está principalmente na atividade dos Microempreendedores Individuais, que representavam 91,6% do total de empresários desse segmento em 2014 e que, no ano passado, passaram a responder por cerca de 94% (225,6 mil) do universo de empreendedores registrados. Os últimos números do Portal do Empreendedor (janeiro 2020) confirmam que essa tendência se mantém forte. Apenas entre novembro (2019) e janeiro, o portal já registrou a criação de quase 3 mil novos MEI especializados na produção de alimentos para consumo domiciliar.

Os pequenos negócios do segmento de alimentação para consumo domiciliar devem estar atentos à necessidade de aumentar a produtividade e à redução de custos, sem perder de vista a importância de acompanhar as novas tendências do setor. As principais delas são a valorização da origem do produto e de ingredientes regionais brasileiros, além do aumento da sustentabilidade do negócio a partir do banimento do plástico, oferta de embalagens sustentáveis e eliminação de qualquer desperdício. A oferta de alimentos saudáveis com elementos do vegetarianismo, que são substitutos vegetais de proteínas animais, como a carne a base de plantas, é outra tendência em alta, assim como a gourmetização.

Para quem vai entrar no mercado ou já está trabalhando no segmento de marmitas, é preciso também adotar algumas práticas que podem assegurar uma diferenciação diante da concorrência. Nesse sentido, é importante pensar na conveniência e praticidade, além de realizar operações enxutas. O uso da tecnologia também é uma tendência que deve usada como aliada, como os aplicativos de entrega ou terminais de autoatendimento.

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