Muito me fez refletir ao ver no rostinho de cada criança presente naquele ambiente de aprendizagem a imaginação e o questionamento aguçados. As crianças logo disseram: "professora seria muito difícil imaginar a possibilidade de todos sermos iguais". Sem dúvidas, concordei.
Tal situação me fez relembrar outra já vivida e que muitos de vocês já devem ter se questionado em algum momento da vida: os opostos se atraem?
Arrisco-me a dizer que não. Acredito que muitos devem discordar da minha simplória opinião.
Porém, acredito que posso expor algumas explicações. Não acredito em opostos se atrairem pelo fato de acreditar que são as afinidades que nos unem.
Imaginem: você curte rock, ela ópera.
Você curte inverno, ela verão. Você é vegano, ela ama um churrasco. E está errado? De forma alguma. Há uma possibilidade de relacionamento? Vejo que sim: caso um entenda o outro; perceba que não tem nada demais as diferenças existirem.
Ao contrário, elas são essenciais. O que é preciso? Respeito.
Entender que o outro é um ser com opinião, com vivências, preferências e gostos. Para estarem juntos, precisam encontrar nas diferenças o que lhes une. Caso não encontrem, tudo bem. Não era o momento. Não era para saber.
Acredite: ninguém precisa se encaixar em um padrão estabelecido por outrem. Ninguém precisa mudar simplesmente pelo querer do outro. Os opostos não se atraem. Os opostos se complementam, entendem as diferenças e estão dispostos a crescer juntos.
~ Apenas Alguns Escritos (Flávia Melo)
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