Por RTP (emissora pública de televisão de Portugal)
O Papa
Francisco recusou nesta quarta-feira (12) a ideia de abrir uma exceção para
permitir a ordenação de homens casados como padres em áreas remotas. Um pedido
endereçado ao Vaticano em outubro pelos bispos da Amazônia pretendia ver
aprovada a proposta para fazer face à crescente escassez de sacerdotes.
A
decisão poderia ter sido revolucionária e histórica para a Igreja Católica, mas
Papa acabou por não ceder. Numa mensagem dirigida à "querida Amazônia" e aos povos indígenas, o chefe da Igreja Católica não faz
qualquer menção à proposta dos bispos daquela região.
No
documento, Francisco pede aos bispos, "especialmente os da América
Latina", a enviarem mais missionários para que desenvolvam o seu trabalho
na Amazônia, exigindo que os padres sejam treinados para o diálogo com aquela
região e respectivas culturas.
Em
outubro, no Sínodo da Amazônia, uma assembleia de bispos dos vários países da
região pediu a Francisco que considerasse abrir o sacerdócio a homens casados.
Isto porque a Igreja Católica se depara, naquele território, com um problema
crescente de falta de padres.
Na Amazônia, a escassez de sacerdotes dificulta os fiéis das comunidades mais
remotas a ficarem meses e até anos sem participar de missas.
O
pontífice argentino de 83 anos não alterou a sua posição nesta questão dentro
da Igreja Católica, mas observou o papel dos cristãos, homens e mulheres, que
possam prestar serviços "importantes" às comunidades.
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