domingo, 10 de dezembro de 2017

CATIVOS... Napoleão de Paiva

Eram feito dois ímãs
Obstinados
A pregarem-se
Atraírem-se
Como objetos
Cativos
Um do outro
Quem sabe
Pelo aroma
De tília que dela
Exalava
Nos momentos
Eternos do sexo.
Haveria sentimento
Nos gestos
No movimento em
Direção
Ao enlaçamento
No abismar-se
Um no outro
No entrar-se
No desmedimento
Vontades sem fundo
Estridência dos
Corpos amalgamados?
Remordeu por anos
A dúvida que o consumia
Em noites, em claro
Para admitir
Bem longe já
Uma quase certeza
Que tudo (ou quase)
Obedecia ali
À vontade
Não saciada da carne
À química tiranizante
Do sexo

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