O Tribunal de
Justiça do Rio Grande do Norte recebeu pedido do Ministério Público para
afastar o deputado estadual Ricardo Motta (PSB) do cargo. Ricardo Motta é
suspeito de ter desviado R$ 19 milhões do Instituto de Desenvolvimento
Sustentável e Meio Ambiente (Idema) e de chefiar, segundo o MP, uma quadrilha
que roubou recursos da Assembleia Legislativa através de “servidores
fantasmas”. A decisão do desembargador Glauber Rêgo revela ainda que o MP havia
solicitado anteriormente a prisão preventiva do deputado, o que foi negado pelo
magistrado.
O advogado de Ricardo Motta, Thiago
Cortez, disse que não vê motivos para o afastamento do deputado, mas que vai
analisar o pedido do Ministério Público e apresentar a defesa.
Em decisão publicada na última sexta-feira
(26), o desembargador Glauber Rêgo, relator da ação cautelar protocolada pela
Procuradoria-Geral de Justiça, determinou que o deputado terá prazo de até
cinco dias para se defender antes de se pronunciar sobre o pedido de
afastamento.
O MP também havia pedido uma condução
coercitiva para o deputado depor. Esse pedido foi indeferido pelo
desembargador: “Razão não há para tanto, tendo em vista que o Órgão Ministerial
sequer demonstrou a negativa do requerido em depor, […] sem contar que a
denúncia já foi oferecida e hoje só aguarda a resposta do denunciado”,
justificou.
Por outro lado, Glauber Rêgo decidiu
atender aos pedidos de levantamento do sigilo e de apuração “do suposto
vazamento das informações sigilosas” junto à Corregedoria e à Presidência do
TJRN e ao Conselho Nacional de Justiça, bem como à Corregedoria e à
Procuradoria-Geral de Justiça do MPRN, já que tanto o Judiciário quanto o MP
teriam feito “o manuseio dos autos no trâmite processual”.
*G1/RN
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