JORNAL DE HOJE - Na tarde da última quarta-feira (15), o diretor-geral do Instituto
Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon Natal), Kleber
Fernandes, reuniu-se com representantes das empresas Sterbom e Nordeste
Fruit para comunicar a liberação da comercialização das polpas de frutas
sabores goiaba e caju (Sterbom); maracujá e uva (Nordeste Fruit). A
medida foi tomada em consonância com a Promotoria de Defesa do
Consumidor de Natal, autora da requisição que resultou, no início do
mês, na suspensão dos produtos e que teve como base os procedimentos
periciais realizados pelo Ministério da Agricultura.
Nesta quinta-feira (16), a chefia do Departamento de Fiscalização do
Procon Municipal retornou a todos os estabelecimentos comerciais que
foram fiscalizados durante os dias 6, 7 e 8 deste mês, para oficializar a
liberação da polpas, determinada no Parecer Jurídico Nº 30/2015,
expedido em 15/07, após deliberação junto à Promotoria de Defesa do
Consumidor de Natal.
Kleber Fernandes explica que as inadequações técnicas aos Padrões de
Identidade e Qualidade (PIQ’S) das polpas foram constatadas pelo
Ministério da Agricultura em 2013, e somente em 18 de junho deste ano, o
Procon Natal tomou conhecimento ao receber a requisição de
fiscalização. “O Procon agiu com legitimidade em consonância com o texto
do Artigo 56 do Código de Defesa do Consumidor, parágrafo único,
suspendendo a venda das polpas de frutas de forma preventiva e cautelar,
até que fosse provada a adequação dos referidos produtos, objetivando
única e exclusivamente, proteger o consumidor’, destacou Kleber.
Porém, após questionamentos realizados pelo órgão de Defesa do
Consumidor da capital potiguar junto ao Ministério da Agricultura,
apesar de reafirmadas as inadequações à época dos testes, as polpas dos
sabores caju e goiaba; maracujá e uva, fabricadas pelas empresas Sterbom
e Nordeste Fruit respectivamente, não oferecem risco a saúde do público
e podem voltar a circular no mercado, tendo em vista ainda, que os
lotes considerados inadequados já foram comercializados na sua
totalidade.
“Nós solicitamos ao Ministério da Agricultura um posicionamento
quanto à regularidade atual das empresas, e nos foi confirmado que de
fato em 2013 as duas organizações comerciais foram autuadas e multadas,
culminando no processo ao qual tivemos conhecimento. Mesmo não
oferecendo risco à saúde do consumidor, as inadequações constatadas à
época, representam infração ao direito do consumidor e serão apuradas
administrativamente pelo Procon. No entanto, realizamos questionamentos
com relação aos ônus para o consumidor final e recebemos a resposta de
que o consumo das polpas não oferece riscos à saúde nem à segurança dos
consumidores”, garante Kleber.
Por essa razão, nas palavras do diretor-geral, “até que sejam
realizados novos testes periciais para verificação da adequação dos
lotes atuais (2015) dos itens, pela Superintendência Regional do
Ministério da Agricultura, indicamos a liberação imediata da
comercialização, medida acatada e respaldada pelo Ministério Público do
Estado”, finalizou Kleber Fernandes, informando também que os ofícios
autorizando o retorno dos itens às prateleiras já foram devidamente
encaminhados para a Associação Supermercados do Rio Grande do Norte
(Assurn) e para o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros
Alimentícios do RN.
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