A ex-deputada estadual Larissa Daniela da Escósia Rosado Andrade apresentou documento onde consta que ela recebeu salário de R$ 2.059,58 no período de 2000 a 2003 da Associação de Proteção e Assistência à Maternidade e à Infância de Mossoró – APAMIM.
Na ocasião escreveu: “Observe a coincidência dos números e perceba que, por má fé ou falha de digitação, alguém acrescentou dois zeros à remuneração verdadeira, transformando R$ 2.059,58 em R$ 205.958,00”.
Ou seja, uma informação falsa numa Ação Civil Pública, fato este compreendido como muito grave na esfera judicial.
A má fé pode não ter sido dos promotores de justiça que investigam desvios de recursos públicos na APAMIM através de empréstimos com documentos fraudados e pagando supersalários, que vão de R$ 24 mil a mais de R$ 384 mil mês, a 34 “servidores”.
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A reportagem do MOSSORÓ HOJE teve acesso ao documento original emitido pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do Ministério do Trabalho, e lá também consta, assim como citou o Ministério Público na Ação Civil Pública, que a ex deputada Larissa Daniela da Escósia Rosado Andrade recebeu salários de R$ 205.958,00 da APAMIM.
Veja recorte do documento do CAGED abaixo e não vamos disponibilizar o documento na íntegra, pois contém informações que ainda estão protegidas por segredo de justiça, o que não é o caso das informações sobre a ex deputada Larissa Rosado, que foi citada em Ação Civil Pública já ingressada na Justiça.
Para afirmar que houve má fé ou falha de digitação na peça do Ministério Público ingressada na Justiça, Larissa Rosado, através dos advogados Cid Augusto e Samara Couto, apresentou ao MOSSORÓ HOJE o que seria o extrato da Caixa Econômica Federal, onde lá consta salário de R$ 2.059,58 (veja ao lado). Neste caso a deputada desconfia que alguém por má fé ou por falha de digitação acrescentou dois zeros.
Já no documento original que a reportagem teve acesso no CAGED, que está de posse do Ministério Público Estadual e anexo na Ação Civil Pública movida em dezembro de 2014 pedindo a dissolução da APAMIM, consta que Larissa Rosado tinha sim salário de R$ 205.958,00 na APAMIM. Neste caso, alguém por ma fé ou falha de digitação pode ter suprimido dois zeros.
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O promotor de Justiça Paulo Carvalho Ribeiro, titular na Promotoria de Justiça de Upamena e substituto na Promotoria com atribuições na Saúde em Mossoró, deve se pronunciar sobre o fato ainda nesta quinta-feira, 23.
Em Matéria do G1RN e na InterTV Cabugi (veja AQUI), Paulo Carvalho falou da gravidade das denúncias. A reportagem destaca que ao longo dos anos, a APAMIM acumulou dívida que superar os R$ 32 milhões, informando que possivelmente em função dos salários de marajás pagos a 34 servidores, que juntos, somam mais de R$ 4,6 milhões/mês, quando que folha real dos servidores (cerca de 300) fica em torno de R$ 600 mil.
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