Bola
de futebol: seja de qual material for, ela é responsável por proporcionar
alegria às crianças e jovens; independente de onde aconteça o jogo (campo,
quadra, na rua em que se mora) o real valor é sentido a cada gol marcado, a
cada “balançar das redes”. Quantas amizades não nasceram a partir do futebol?
Recuso-me a citar os exemplos, é tarefa irrealizável.
A
certeza que se tem é também dual: ao mesmo tempo em que o futebol une e promove
felicidade, nos encontramos diante de uma realidade que foge ao padrão de
felicidade visto durante as partidas mais simples. Que dualidade seria? A
impossibilidade de, ao mesmo tempo sediar uma Copa do Mundo, assistir, sentir a
emoção vivida nos Estádios (nas milionárias Arenas construídas nas cidades que
sediarão os jogos). Estão impossibilitados aqueles que vivem à margem; aqueles
mesmo que são impossibilitados de frequentar os shoppings, os muitos
restaurantes; aqueles que não são vistos por uma sociedade que se preocupa em
atender ao Padrão FIFA.
Enquanto
o Brasil veste mais uma máscara, recebe os estrangeiros com o famoso “jeitinho
brasileiro” de ser e se faz de cego, surdo e mudo, nas esquinas, nas ruas, em
algum lugar sem tal Padrão estarão nossos futuros jogadores da Seleção Brasileira
de Futebol. Mera coincidência?
Resta-nos
esperar e ver o desnudar-se desse espetáculo (faltando apenas o picadeiro
armado) que perde todo o seu brilho ao nada fazer para amenizar essa
discrepância, que como uma ferida, está aberta em nossas vidas, em nossa
cidade, em nosso País. Tiremos todas as máscaras! É preciso.
Flávia
Melo
04-06-2014
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