A Saúde pública do Rio Grande do Norte vai parar no dia 11 de julho.
Cerca de 400 servidores reunidos no dia 20 passado decidiram pela
paralisação, após a falta de respostas do governo. “Entregamos a nossa
pauta de reivindicações no dia 22 de maio, apresentamos detalhadamente
na mesa de negociação, mas até agora, o governo sequer conseguiu nos
receber. Uma negociação estava marcada para o dia 26, quarta, às 15h,
mas foi desmarcada por causa fim do expediente, por causa do jogo do
Brasil”, comenta Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde e funcionária
do Walfredo Gurgel.
A assembleia do dia 20 foi a segunda da campanha salarial. Na
ocasião, foi aprovada ainda uma passeata até a Governadoria no dia 11 e
nova assembleia no dia 25 de julho, que discutirá um indicativo de
greve. “A defesa da saúde pública começa com o respeito aos servidores. O
próprio secretário reconhece que nossos salários não são dignos. Então,
por que tanto descaso com as negociações?”, questiona Rosália. “Veja o
exemplo dos trabalhadores do Detran: estão aí há 45 dias em greve e o
governo não negocia e ainda corta o ponto”, destaca.
Na terça, as centrais, incluindo a CSP-Conlutas, a qual o Sindsaúde é
filiado, convocaram um dia nacional de greve no país, para 11 de julho,
mesmo dia da paralisação da Saúde. Na manhã de ontem, os servidores da
Administração Indireta, como a Emater e Detran, também decidiram parar
no dia 11. Com isso, a data caminha para se tornar uma greve geral no
Estado.
Entre os principais pontos da pauta estão: isonomia salarial com
servidores do SUS no RN e o cumprimento da Lei 333, do PCCR, garantindo a
aplicação do internível de 3% em todas as tabelas salariais. "Hoje, o
salário-base inicial do servidor da Saúde na tabela é menor do que o
salário mínimo. Na maioria das funções, o salário do servidor da Saúde é
cerca de metade do que recebem outros servidores da Saúde, na mesma
função. Ficamos para trás", diz Simone Dutra, coordenadora geral do
Sindsaúde-RN.
Os servidores da saúde exigem também a antecipação dos 25% de
incorporação da Jornada Especial e da GAE de fevereiro de 2014 para
novembro de 2013; o estabelecimento de uma data-base para reajuste
salarial; e a retirada dos servidores do prédio da Sesap até que seja
feita reforma das instalações, entre outras reivindicações.
A campanha salarial vai defender a convocação dos concursados e o não
fechamento das pediatrias, como a do Hospital Santa Catarina, e a
defesa dos hospitais regionais.
Via Gazeta do Oeste
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