Natal foi palco, durante a tarde e início da noite de ontem, de mais uma
edição da manifestação denominada #RevoltaDoBusão. Por mais de cinco
horas, cerca de dez mil manifestantes – segundo a Polícia Militar (PM) –
percorreram vários ruas e avenidas da capital protestando contra a
qualidade do transporte público de passageiros e exigindo a implantação
do passe livre estudantil. Diferente do protesto na semana passada,
ontem não houve confronto entre manifestantes e policiais e os atos de
vandalismo foram reduzidos, porém, 27 pessoas foram detidas. Um novo ato
será decidido na próxima segunda-feira.
Por volta das 15h, centenas de pessoas se concentraram na Praça Cívica.
Cartazes, faixas e bandeiras partidárias dividiam o mesmo espaço. Como
combinado em plenário dias antes do protesto, os partidos políticos e
agremiações estudantis tiveram direito de protestar. Um grupo mais
radical insistia na expulsão dos partidários e o clima ficou tenso nas
primeiras horas de concentração. “Fora PT” e “o povo unido, jamais será
partido” eram as palavras de ordem gritadas pelos apartidários. Apesar
da tensão entre os dois lados, ambos permaneceram na manifestação.
Ainda na Praça Cívica, chamou atenção quando um grupo de mais de
duzentas pessoas chegou. Composto por mulheres, jovens e crianças
(muitas delas ainda de colo), o Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e
Favelas (MLB) se uniu aos representantes do Movimento dos Sem Terra
(MST). “Estamos aqui para lutar pela melhoria na habitação. O povo é
muito sofrido”, disse o coordenador do MLB, Marcos Ribeiro.
Tantos manifestantes com ideologias diferentes não rendeu o festival de
cartazes observados no protesto do dia 20. Na manifestação de ontem, não
era visível uma maioria que reivindicasse determinada causa, apesar da
#RevoltaDoBusão, em sua essência, buscar melhorias no transporte
público. Nesse sentido, as palavras de ordem eram direcionadas,
principalmente, para três direções: implantação do passe livre, fora
Marco Feliciano e fora Rosalba.
Após uma plenária, na qual foi decidido o percurso da passeata, o grupo saiu caminhando pelas ruas dos bairros Tirol e Petrópolis. A primeira parada foi de frente à Câmara Municipal. De lá, eles seguiram até o bairro da Ribeira e, logo depois, pararam em frente à Prefeitura. Durante esse trajeto, o movimento foi considerado pacífico. Na frente do Palácio Felipe Camarão, a Guarda Municipal reforçava a segurança. No local, o grupo realizou outra plenária e decidiu que o movimento, diferente do que havia sido combinado na Praça Cívica, não iria parar por ali.
Os manifestantes, já em número bastante reduzido, seguiram caminho pela Prudente de Morais e Salgado Filho até as imediações da Governadoria. A manifestação foi encerrada por volta das 20h30 com uma plenária onde foi marcada uma reunião na próxima segunda-feira.
Após uma plenária, na qual foi decidido o percurso da passeata, o grupo saiu caminhando pelas ruas dos bairros Tirol e Petrópolis. A primeira parada foi de frente à Câmara Municipal. De lá, eles seguiram até o bairro da Ribeira e, logo depois, pararam em frente à Prefeitura. Durante esse trajeto, o movimento foi considerado pacífico. Na frente do Palácio Felipe Camarão, a Guarda Municipal reforçava a segurança. No local, o grupo realizou outra plenária e decidiu que o movimento, diferente do que havia sido combinado na Praça Cívica, não iria parar por ali.
Os manifestantes, já em número bastante reduzido, seguiram caminho pela Prudente de Morais e Salgado Filho até as imediações da Governadoria. A manifestação foi encerrada por volta das 20h30 com uma plenária onde foi marcada uma reunião na próxima segunda-feira.
Roberto Lucena, Valdir Julião e Vinícius Menna - repórteres -TRIBUNA DO NORTE
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