A onda de protestos disseminada no país se mostrou decisiva para a
redução de tarifas de transporte e para apressar votações no Congresso
Nacional, mas, a contragosto da maioria, acabou criando também um
ambiente propício a confrontos e atos de vandalismo. O comércio calcula o
prejuízo. O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Varejo e
presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, estima que as empresas do setor
tiveram uma perda de ao menos 15% nas vendas por terem permanecido mais
tempo fechadas, em decorrência das manifestações. Há também casos de
lojas saqueadas e depredadas por grupos menores.
No turismo, há quem estime que a repercussão dos atos na mídia
internacional deverá afetar o fluxo de visitantes que o Brasil esperava
receber em 2014, para a Copa do Mundo. As manifestações foram destacadas
em publicações de diversos países, em meio à Copa das Confederações,
que ainda está em curso e é considerada um teste para o próximo ano. Nos
bastidores, há rumores de que a Fifa encostou o Brasil contra a parede,
cobrou mais segurança e poder de organização. As manifestações, porém,
não cessaram e casos de vandalismo, embora praticados por uma minoria,
se multiplicaram.
Cobri o protesto realizado no último dia 20, em Natal, quando mais de 15 mil pessoas marcharam do shopping Via Direta ao Midway Mall. A multidão empunhava cartazes pedindo melhorias nos serviços de transporte e em áreas como educação e saúde. Pacífica durante boa parte do percurso, a manifestação foi encerrada como uma guerra. Um grupo menor entrou no Centro Administrativo, queimou objetos, quebrou vidraças, incendiou uma guarita da guarda patrimonial, atirou bombas e pedras contra a polícia. Houve confronto, provocado por um grupo pequeno se comparado ao que saiu às ruas para tentar melhorar o estado e o país.
Cobri o protesto realizado no último dia 20, em Natal, quando mais de 15 mil pessoas marcharam do shopping Via Direta ao Midway Mall. A multidão empunhava cartazes pedindo melhorias nos serviços de transporte e em áreas como educação e saúde. Pacífica durante boa parte do percurso, a manifestação foi encerrada como uma guerra. Um grupo menor entrou no Centro Administrativo, queimou objetos, quebrou vidraças, incendiou uma guarita da guarda patrimonial, atirou bombas e pedras contra a polícia. Houve confronto, provocado por um grupo pequeno se comparado ao que saiu às ruas para tentar melhorar o estado e o país.
Hoje, mais um protesto será realizado. De olho no que já viram, dentro e
fora de Natal, diversas lojas, shoppings e hotéis amanheceram tentando
se proteger com tapumes. As entidades ligadas ao Comércio, Serviços e
Turismo do Rio Grande do Norte orientaram os filiados baseados em Natal a
fecharem as portas a partir das 14h. “A medida, extrema e com óbvios
prejuízos para as empresas, se dá como forma de preservar os próprios
empresários, colaboradores e clientes, de eventuais transtornos”, diz
nota, assinada por Fecomercio/RN, FCDL/RN, Facern e CDL Natal.
O comércio está em pânico e o país ainda tenta entender de onde veio essa onda, suas motivações e até onde está disposta a ir. Houve conquistas. Isso é inegável. Mas a violência já pode parar por aí.
O comércio está em pânico e o país ainda tenta entender de onde veio essa onda, suas motivações e até onde está disposta a ir. Houve conquistas. Isso é inegável. Mas a violência já pode parar por aí.
Tribuna do Norte 28/06
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