O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira, 25, o julgamento do habeas corpus que pode soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão. O ministro Celso de Mello, caso não haja surpresas, deverá ficar responsável pelo voto decisivo da Corte. A defesa de Lula pressiona pela liberdade do petista, acusando o ex-juiz da Lava Jato de “parcialidade” e de agir com “motivação política” ao condená-lo no caso do triplex.
Relator da Operação Lava Jato no STF, o ministro Edson Fachin, bem como a ministra Cármen Lúcia, já votaram contra o pedido de liberdade de Lula. Faltam se posicionar os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, ministros estes que já se mostraram críticos aos métodos da Lava Jato, e que menos concordam com o relator na Turma. Deverá ficar com o voto decisivo, em caso de empate, o ministro Celso de Mello.
Gilmar foi um dos poucos na Corte a condenar a troca de mensagens atribuídas a Moro e a procuradores da Lava Jato publicadas pelo site The Intercept Brasil. As conversas, segundo o site, sugerem que o então juiz orientou investigações da operação.
Nos gabinetes, integrantes da Corte avaliam que o decano já sinalizou que pode acompanhar a divergência que deve ser aberta por Gilmar para tirar Lula da PF em Curitiba, onde está preso desde abril de 2018.
Essa não é a primeira vez que Celso de Mello analisa a conduta de Moro. Em 2013, o ministro deu o único voto para que o então juiz fosse declarado suspeito em caso de evasão de bilhões de reais do Banestado. À época, Moro atuava na 2.ª Vara Federal de Curitiba, especializada em crimes de lavagem de dinheiro.
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