Segue suspensa no ar, envolta num silêncio espesso, em meio à memórias cada dia mais distantes.
Falta-lhe o rumor de vozes de outros tempos, o entrar e sair de tantos, dos filhos crianças, logo adolescentes, depois adultos, dos que sob ela envelheceram, o amor que era a cor do casal, o som do sino de cobre que encimava uma haste de metal a partir do seu portão de ferro.
Ali os clientes chegavam, balançavam-no, e assim despertavam o Dr de sua sesta, sono leve pós almoço, ou dos véus mais fundos da madrugada plena.
No pilar direito do portão, uma placa de cobre com letras pretas em baixo relevo confirmava o nome do seu ilustre proprietário, que podia, também, àquelas horas estar lendo algum livro do seu autor predileto, Humberto de Campos:
Dr. Antônio Fernandes Mousinho
Médico
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