O desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal
da 4ª Região (TRF4), relator da Lava Jato em segunda instância,
suspendeu a decisão que determinou a liberdade provisória do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, Lula permanecerá
preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Pela decisão de Gebran Neto, não há fato novo que justifique a
decisão de soltar o ex-presidente. Segundo o magistrado, não se trata de
revisar a decisão do plantonista Rogério Favreto, que determinou a
soltura de Lula.
“Assim, para evitar maior tumulto para a tramitação deste habeas corpus,
até porque a decisão proferida em caráter de plantão poderia ser
revista por mim, juiz natural para este processo, em qualquer momento,
determino que a autoridade coautora e a Polícia Federal do Paraná se
abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da
8ª Turma”, decidiu Gebran Neto.
De acordo com o despacho, Gebran Neto afirmou que não se trata de
revisar os argumentos utilizados na decisão que determinou o alvará de
soltura.
Entenda o caso
Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba,
desde o dia 7 de abril, por determinação do juiz Sérgio Moro, que
determinou a execução provisória da pena de 12 anos de prisão na ação
penal do triplex do Guarujá (SP), após o fim dos recursos na segunda
instância da Justiça.
Na manhã de hoje (8), o desembargador federal Rogério Favreto, do
TRF-4, concedeu habeas corpus ao ex-presidente. A decisão deveria ser
cumprida em regime de urgência, ainda neste domingo, e por não se tratar
de dia útil, seria dispensado o exame de corpo de delito, caso fosse de
interesse do próprio Lula.
No entanto, após a decisão, Moro argumentou que Favreto não teria competência para mandar soltar o ex-presidente. Logo em seguida, o Ministério Público Federal (MPF) também se posicionou de forma contrária à soltura.
Em nota, a assessoria de imprensa da Justiça Federal no Paraná disse que
o juiz Sergio Moro informou que está de férias de 2 a 31 de julho. Mas,
ao ter sido citado como autoridade coautora no habeas corpus, entendeu ser possível despachar no processo.
A Agência Brasil ainda não obteve retorno da defesa de Lula.
*Agência Brasil (14:40)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opinião de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião deste Editor.
COMENTÁRIOS QUE TENHAM A INTENÇÃO DE DENEGRIR QUEM QUER QUE SEJA, SERÃO EXCLUÍDOS