Em Jundiaí, SP, um grupo teatral pretendeu
apresentar a peça O evangelho Segundo Jesus, onde Cristo é representado como
uma mulher transgênero nos dias atuais. As passagens bíblicas seriam recontadas
com reflexões sobre a opressão e a intolerância sofridas por transgêneros e
minorias em geral. O destaque é a mensagem cristã de amor, perdão e aceitação.
A decisão judicial que proibiu a exibição do
espetáculo, que seria apresentado no SESC, em Jundiaí foi do juiz Luiz Antônio
de Campos Júnior justificando que figuras religiosas e sagradas não podem ser
“expostas ao ridículo.”
Para os artistas, a proibição da exibição da obra
comprova sua importância e lembram que o Brasil é o país que mais assassina
travestis e transexuais no mundo.
A diretora da peça, Natalia Mallo, classificou a
decisão de Luiz Antonio de Campos Junior de “um tratado de fundamentalismo e
preconceito”. “Censurar um espetáculo, em nome dos bons costumes, da fé e da
família brasileira parece ser, para alguns fariseus, mais importante e prioritário
do que olhar para a sociedade e tentar fazer alguma contribuição concreta para
mudar o quadro de violência em que estamos todas e todos soterrados”, disse.
*O Mossoroense
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