O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1)
suspendeu a transferência do ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves para
Brasília, que havia sido autorizada pela Justiça Federal do Distrito Federal.
Alves
foi preso na semana passada em Natal. Ele é suspeito de corrupção e lavagem de
dinheiro por participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas,
sede da Copa do Mundo de 2014 na capital do Rio Grande do Norte. As fraudes
somariam R$ 77 milhões.
O
pedido de transferência foi feito pelo Ministério Público Federal do Distrito
Federal, onde Alves também é investigado por suspeita de ocultar R$ 20 milhões
em contas no exterior. Os recursos seriam provenientes da atuação de um grupo
liderado pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, que teria
atuado em fraudes nas vice-presidências de Fundos e Loterias e de Pessoas
Jurídicas da Caixa Econômica Federal.
O
desembargador Ney Bello, do TRF1, reverteu a decisão do juiz da 10ª Vara
Federal Vallisney de Souza Oliveira, que havia autorizado a transferência, sob
a condição de que não houvesse objeção da Justiça Federal do Rio Grande do
Norte, onde o ex-ministro mora.
Ao
conceder a liminar para suspender a transferência, Bello escreveu ser
“desnecessária a transferência do paciente para lugar diverso de sua
residência, aliada ao fato de ser onerosa e descabida”. Ele alegou que qualquer
depoimento do investigado pode ser prestado ao juízo no Rio Grande do Norte,
sendo posteriormente repassado ao Distrito Federal.
A
decisão é provisória e voltará a ser analisada após as partes prestarem
informações adicionais, destacou o desembargador.
*Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opinião de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião deste Editor.
COMENTÁRIOS QUE TENHAM A INTENÇÃO DE DENEGRIR QUEM QUER QUE SEJA, SERÃO EXCLUÍDOS