Como é bom beber a água
De um coco verde
Se balançar na rede
E ter um xodó.
Comer piáu assado
Num fogão à lenha
Se esconder nas brenhas
Pra caçar mocó.
Olhar a Lua Cheia
Por detrás das serras
Alumiando as terras
Desse seu rincão.
Ter liberdade
Ver a Natureza
Mostrando as belezas
Daquele sertão.
Caburé faz ninho
Numa ribanceira
E, na goiabeira
Canta o sabiá.
As borboletas
Fazem revoadas
Anunciando a invernada
Que está pra chegar.
Assim terá fartura
Para àquela gente
Meu Deus Clemente
Que lindo lugar.
Quantas saudades
De Alexandria
Vou voltar um dia
E ficar por lá.
Autor: Paraguassú Sobral
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