O grande número de
agressões a médicos, seja verbais ou físicas nas unidades públicas e privadas,
provocadas pela alta demanda de pacientes em espera ou por falta de insumos
está levando insegurança à categoria. Outro fator é violência nos locais de
trabalho, muitas vezes em localidades onde a criminalidade é um fator de risco
cada dia maior.
A insegurança no exercício da profissão
médica foi discutida em uma reunião convocada pelo Conselho Regional de
Medicina do Rio Grande do Norte – CREMERN, na tarde desta sexta-feira (22) na
sede do Conselho, em Natal, com representantes do CREMERN, Dr. Marcos Lima de
Freiras, presidente, e o assessor jurídico Klevelando Santos, do Sindicato dos
Médicos do RN, Dra. Mônica Campos e da Associação Médica do RN, Dr. José Rosendo,
além de representantes de hospitais públicos e privados, unidades de saúde e
clínicas. O objetivo maior da reunião, de acordo com o presidente do
CREMERN, Marcos Lima de Freitas, é ouvir
denúncias e sugestões para intensificar ações que tragam mais segurança para a
classe medica e para a sociedade.
“O médico não é responsável pela
falência da saúde no País”. Foi com essa frase que a representante do Sindicato
dos Médicos do Rio Grande do Norte, Dra. Mônica Campos, definiu a atual
situação que se encontra a classe média diante da insegurança que vive para
exercer a profissão em hospitais e unidades de saúde da capital e do interior
do Estado.
Durante a reunião
foram feitas várias denúncias por médicos que atuam em instituições de saúde
das redes públicas e privadas. Questões como: A falta de policiamento,
atendimento a pacientes armados, problemas com usuários de drogas que a família
quer manter internado, acusações inverídicas ao médico através das mídias
sociais, ameaças recebidas de familiares de pacientes por falta de atendimento
digno e falta de insumos, entre tantos outros problemas.
Para o presidente do CREMERN, Marcos
Lima, a reunião foi muito proveitosa e com uma participação expressiva.
“Colhemos propostas e a partir disso vamos colocar em prática que contribuam
com a mudança desse quadro. Vamos acionar a segurança pública, acionar gestores
públicos para que não obriguem médicos a trabalharem em situação de total
insegurança. Vamos saber da Agencia Nacional de Saúde Suplementar se os planos
de saúde vendidos aqui no Estado estão dentro da dimensão correta ou se existe
um superdimensionamento, se venderam mais do que a cobertura que
pode ser feita. Vamos acionar a Corregedoria da Polícia Militar solicitando que
abram uma sindicância para avaliar o comportamento dos policiais que atenderam
a ocorrência no Hospital Papi, na semana passada”, declarou Marcos Lima.
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